Investigações apontam que ‘Gangue dos Falsos Judeus’ teria vendido joias do ex-governador de Mato Grosso do Sul para a joalheria paulista.
Uma joalheria localizada no 9º andar de um prédio no Centro de São Paulo é suspeita de comprar as joias furtadas do apartamento do ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, em Campo Grande, em junho deste ano. Isso porque o estabelecimento foi alvo da Polícia Civil paulista nessa quarta-feira (27).
Dias após o furto, três foram presos pelo crime, mas Antônio Matheus de Souza Silva, de 23 anos, foi solto depois de comprovar que tinha um álibi em São Paulo. As investigações continuaram e o proprietário da joalheria paulista passou a ser investigado por receptação após pagar R$ 67 mil pelas joias furtadas.
A polícia descobriu que havia uma ligação da joalheria com a ‘Gangue dos Falsos Judeus’ – criminosos que usam vestimentas judaicas como disfarce em bairros com forte presença de judeus – após visualizar algumas mensagens pelo WhatsApp.
Com isso, os policiais civis de SP foram até o estabelecimento nessa quarta (27) para cumprir um mandado de busca e apreensão. Na ocasião, foi constatado que o dono da joalheria tem anotações ligadas aos criminosos, revelando crimes de associação criminosa, receptação qualificada e furto.
Na joalheria, foram encontrados colares, anéis, brincos e pedras, possivelmente de vítimas de furtos da ‘Gangue dos Falsos Judeus’. Por lá, também foi encontrado um equipamento para derreter metais.
Segundo publicou o Uol, a Polícia Civil apurou que os criminosos atacaram, ao menos, sete prédios de luxo em um mês no bairro Higienópolis, região nobre de São Paulo, usando uma espécie de ‘disfarce perfeito’.
‘Gangue dos Falsos Judeus’
As investigações apontam que a quadrilha possui informações privilegiadas sobre a rotina dos condomínios alvos dos furtos. Com isso, eles passam a vestir camisas brancas de manga comprida, calça social e peruca e se deslocam até os prédios, onde se apresentam nas portarias como moradores.
Imagens de câmeras de segurança registraram um dos momentos em que os criminosos adentram um prédio na madrugada do último dia 2 de novembro. Na ocasião, eles usam uma touca utilizada pelos judeus, talit e quipá e um xale.
Além disso, há outros registros que mostram os integrantes da gangue se vestindo como adolescentes de classe média alta, usando apenas bonés e roupas despojadas.
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