A Snap, responsável pelo aplicativo de mensagens instantâneas Snapchat, é vista por muitos investidores de tecnologia como o próximo Facebook ou Google, mas seus jovens fundadores estão sendo mais agressivos que seus antecessores na transição de startup para empresa listada em bolsa de valores.
Em um momento em que a moda no Vale do Silício é continuar privada tanto quanto possível, a Snap está planejando uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que avalia a empresa em mais de US$ 20 bilhões.
A operação está sendo preparada apenas dois anos após a empresa ter começado a gerar receitas – e apesar da companhia ter muito capital e ampla oportunidade para levantar mais dinheiro em mercados particulares. Espera-se que seja a maior IPO de empresa de tecnologia nos Estados Unidos desde a estreia do Facebook, em 2012.
A Snap também está desafiando as convenções ao não trazer uma "supervisão adulta" para ajudar o cofundador e presidente-executivo, Evan Spiegel, de 26 anos, e o cofundador e diretor de tecnologia, Bobby Murphy, de 28 anos, a administrar a companhia.
No entanto, alguns investidores mostram preocupação de que a combinação de uma equipe de administradores inexperientes com uma avaliação de mercado elevada possa ser problemática.
"É claramente uma equipe muito inexperiente, liderando uma empresa que está pedindo duas coisas: uma avaliação gigante e múltiplos agressivos", disse o estrategista de mercado da 55 Capital, Max Wolff. "Uma vez que você começa a pedir aos investidores 30 vezes o valor de seus lucros, a tolerância para erros diminui."
Alguns investidores disseram que o impulso de marketing e a visibilidade que a empresa vem conseguindo com o IPO são cruciais para fazer com que o Snapchat obtenha mais usuários fora dos Estados Unidos – e fora de sua base dominante de jovens usuários. O Snapchat disse que tem mais de 150 milhões de usuários ativos diariamente.
Um IPO dará à companhia uma imagem mais madura, que será atraente para os anunciantes, disseram investidores. A Snap anunciou aos investidores que espera que a receita com publicidade alcance a casa de US$ 1 bilhão em 2017, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto.
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