Um juiz britânico autorizou nesta quarta-feira a esterilização forçada de uma mulher de 36 anos com incapacidade psíquica, mãe de seis filhos e cuja saúde correria perigo em um novo parto. Em um caso extraordinário no país, o juiz Stephen Cobb do Tribunal de Proteção, que julga processos de pessoas doentes ou incapacitadas, concluiu que a esterilização é legal.
A sentença significa que os serviços sanitários e sociais, que solicitaram a autorização do juiz, poderão entrar à força na casa da mulher e levá-la a um hospital para ser esterilizada. A mulher, cujo nome e detalhes pessoais não foram revelados, tem seis filhos, que se encontram sob a tutela do Estado.
John McKendrick, advogado do hospital que trata a mulher, reconheceu durante o julgamento que a esterilização forçada requerida é um pedido extraordinário e envolve uma séria interferência nos direitos da jovem, mas defendeu sua necessidade. McKendrick disse que a saúde da vítima corria perigo se não fossem tomadas medidas, pois ela tem problemas ginecológicos e é mentalmente incapacitada para tomar decisões sobre sua saúde.
De acordo com o advogado, a mulher e seu companheiro rejeitaram as propostas de planejamento familiar e uso de anticoncepcionais. Os advogados que representaram a mulher concordaram que a cliente "carece das capacidades" necessárias e apoiaram a esterilização proposta pelas autoridades públicas.
Michael Horne, principal advogado da mulher, disse que o pedido de esterilização não tinha "nada a ver com eugenia", mas era a melhor maneira de diminuir os riscos para a vida e a saúde da mulher.
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