Ladrões confundem carro com viatura e deixam vítima amarrada em cativeiro
Suspeitos negaram envolvimento nos crimes em Campo Grande. / Foto: Graziela Rezende/G1 MS

Uma associação criminosa foi presa na tarde desta quinta-feira (1°), em Campo Grande, suspeita de praticar o golpe do 'falso frete' e assaltos em farmácias da cidade. Ao G1, o delegado Carlos Delano, da Delegacia Especializada de Repressão à Roubos e Furtos (Derf), disse que eles confessaram o crime e inclusive disseram ser direcionados por um detento do Instituto Penal. Além dos quatro suspeitos, a polícia ainda apreendeu revólveres, telefones celulares e uma motocicleta utilizada para praticar os crimes.

"Após registros de assaltos na avenida Tamandaré, próximo a uma universidade, iniciamos as buscas na manhã de ontem. O primeiro a ser preso foi o Patrick de Oliveira Rocha, de 22 anos. Ele já tem diversas passagens por roubo e estava armado no bairro Paulo Coelho Machado, prestes a encontrar outros dois bandidos para praticar assaltos", afirmou o delegado.

Dando continuidade às diligências, Maycon Correia da Silva, de 24 anos, Jéssica Caroline Soares Neto, de 23 anos e Gerson Teodoro Crisóstono, de 21 anos, foram presos. "Eles confessaram ser responsáveis por aplicar o golpe do falso frete em um caso que ocorreu no dia 29 de agosto. Jéssica foi quem atraiu a vítima e, no local combinado, os outros suspeitos deram voz de assalto e amarraram o freteiro", comentou Delano.

Eles informaram que um outro elemento, ainda não identificado, ajudaria com a venda do veículo no Paraguai. Este suspeito, de acordo com o delegado, estava sendo direcionado por um detento de 31 anos que é marido da Jéssica. O veículo inclusive seria negociado por R$ 15 mil. "Não temos nenhum envolvimento", disseram os suspeitos

No golpe do falso frete, o crime foi frustrado porque eles "assustaram" com a passagem de um veículo da Concessionária de Energia de MS (Energisa). Como esta escuro, os bandidos acharam que fosse a polícia e abandonaram a vítima e o veículo posteriormente.

Com exceção de Gerson, todos possuíam antecedentes por lesão corporal, furtos, maus-tratos, ameaça e roubo. Pelos novos crimes, eles respondem por associação criminosa, roubo qualificado pelo uso de arma de fogo e concurso de pessoas.