Vem ano, passa ano, mas o cenário das ruas sem asfalto nos bairros mais distantes da área central de Campo Grande é o mesmo.
Os moradores acabam passando por duas realidades, mas nenhuma que os agrade, porque de um lado as ruas de terras acabam virando um lamaçal com as águas da chuva e, do outro, surgem pedras que dificultam a passagem de veículos e pedestres.
Na Vila Popular, um dos bairros mais castigado pela chuva da última terça-feira e madrugada de quarta-feira (13), existem duas situações distintas, pois parte do bairro tem asfalto e o outro, ainda sonha com a possibilidade de receberem uma melhor infraestrutura. O resultado disso é desesperador: ruas intransitáveis, muita lama e, se não bastasse, buracos.
A 14 km dali a situação também é compartilhada pelos moradores do Jardim Parati. A lama e água de chuva empossada é tão frequente, que a população até apelida os acúmulos de água. Perto da “Lagoa do Parati”, uma poça d’água que se acumula em todas as chuvas, mora a aposentada Marta dos Santos Pereira, de 70 anos.
Marta, de 70 anos | Foto: Vinícius Costa/Jornal Midiamax
Ela disse ao Jornal Midiamax que mora no bairro há 28 anos e que a esperança de asfalto no bairro é o que incentiva moradores a não desistirem de ficar ali. “A promessa de asfalto é desde a época em que o Puccinelli era prefeito. Antes eu morava na esquina da lagoa e agora moro de frente a ela”, disse Marta.
A ‘lagoa’ se formou por conta da passagem de caminhões, que acabou “colaborando” para o desnível da rua e acumulo das águas de chuva. O medo maior é que focos do mosquito da Dengue possa se proliferar no ponto e causar epidemia na vizinhança. “Eu tenho uma netinha de dois anos e eu, que sou idosa, tenho uma imunidade baixa. Tenho medo de doenças por causa dessa água empossada”, contou a reportagem.
Não tem lama, mas tem muita pedra
Diferente da Vila Popular e Parati, no São Conrado também tem lama, mas também tem muita pedra. Cascalhos enormes descem as ruas e a mistura “engole” poucas ruas com asfalto e moradores esperam melhora.
A Rua Carangola recebeu asfalto há alguns anos somente por ser linha de ônibus e isso já teria sido ‘um começo’. No entanto, no cruzamento com a Rua Pedra Negra, quando chove até parece que a rua não é asfaltada, pois com a força das águas, as pedras e terra são arrastadas para rua.
Moradora relata que, se quiserem que situação melhore, a manutenção da rua acaba saindo do próprio bolso. “Se a gente quiser essa rua limpa, sem essas pedras quando chove, a gente tem que pagar para limpar ou a gente mesmo pega uma enxada e tira. Se depender da prefeitura leva um bom tempo isso parado”, disse a reportagem moradora de 63 anos.
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