Mãe flagra abuso sexual de criança de 5 anos e idoso é preso em MS
Suspeito de abusar de criança de 5 anos nega o crime. / Foto: Graziela Rezende/G1 MS

Um aposentado de 62 anos foi preso na manhã desta quinta-feira (3), no bairro Piratininga, em Campo Grande, suspeito de estuprar uma criança de cinco anos. Ao G1, o delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca), ressaltou que a mãe biológica da criança flagrou o momento em que o idoso estava com as calças abaixadas, bem como a vítima, logo após o ato sexual.

"A avó paterna e o suspeito, que possuíam um relacionamento, foram visitar a família no dia 24 de maio, no bairro Manoel Taveira. Logo depois, os pais da criança saíram para fazer compras, levando a avó. O suspeito ficou com a menina no imóvel e lá teria praticado o ato sexual. No retorno, enquanto o pai e a avó retiravam as compras do carro, a mãe entrou antes e flagrou a cena", afirmou o delegado.

Em estado de choque, conforme o delegado, a mãe não estava conseguindo contar a cena para o marido e a avó da menina. "Ela disse que não conseguia verbalizar, pois tinha ficado transtornada. Ao conversar com a criança, a mãe conta que ela pedia desculpas a todo momento, como se tivesse alguma culpa do que estaria acontecendo", comentou o delegado.

Ainda segundo Lauretto, houve um lapso de tempo para ser feita a denúncia. "A Polícia Civil tomou conhecimento do fato somente no dia 8 de junho deste ano. Em seguida nós coletamos informações e efetuamos o pedido de prisão preventiva, que saiu no dia 29 de junho. O homem estava escondido em uma chácara, mas a equipe o encontrou quando ele retornou para a casa da esposa", explicou o delegado.

Tintura no cabelo e nome falso
Ao chegar no imóvel, os investigadores teriam encontrado resistência por parte da avó da vítima. "Ela pintou o cabelo e falou um nome diferente, se passando por empregada para despistar a investigação. No entanto, como nós já havíamos feito campana e também feito uma vistoria na casa, conhecíamos a esposa do suspeito. Ela resistiu em um primeiro momento, mas depois entramos e prendemos o suspeito", comentou o investigador.

Conforme a Polícia Civil, a avó da criança disse que não abriria o portão para os policiais e que o fato seria uma armação da nora. Na ocasião, os policiais pediram mais de uma vez para ela abrir o portão, porém foi necessário arrombar o cadeado. "Vamos analisar se houve uma possível desobediência e favorecimento real por parte da esposa do suspeito", ressaltou o delegado.

O suspeito, que não possuía antecedentes criminais, responderá por estupro de vulnerável. A pena de reclusão, em regime fechado, é de até 15 anos. Ele nega o crime. "Este caso foi diferente dos outros e até a psicóloga saiu chorando da sala após atender a mãe da criança. Foi feita a perícia e com isso houve a comprovação da conjunção carnal", finalizou o delegado