Palestras aconteceram em 6 cidades e abordaram diversos temas visando a alta produtividade.
Terminou na manhã desta quarta-feira (1), em Ivinhema, município localizado na região Sul de Mato Grosso do Sul, as palestras de Apresentação de Resultados Safra 21/22, promovidas pela Fundação MS. No total, foram demonstrados, presencialmente, resultados de pesquisa a mais de 900 produtores, consultores e profissionais que atuam nas propriedades e empresas ligadas ao agronegócio nos municípios de São Gabriel do Oeste, Maracaju, Rio Brilhante, Dourados, Anaurilândia e Ivinhema. As transmissões ao vivo nos canais da Fundação MS e do Sindicato Rural de Dourados na plataforma youtube resultaram em mais de 1.900 visualizações até o momento de publicação desse texto.
O ciclo de palestras levou conhecimento ao produtor rural sobre os trabalhos de pesquisa realizados pela Fundação MS no cenário apresentado durante a última safra, possibilitando acesso a informações que facilitem a tomada de decisões para as próximas safras. As abordagens aconteceram nas áreas de Manejo e Fertilidade do Solo, Fitotecnia Soja, Herbologia, Entomologia, Fitopatologia e Nematologia.
Buscar informações para programar as ações para os próximos plantios é fundamental para minimizar riscos e possibilitar maior produtividade. A dificuldade em prever condições externas que possam danificar a produção, faz com que seja essencial ter conhecimento sobre produtos que possibilitem diminuir problemas. O pesquisador do setor de Fitotecnia Soja, Dr. André Bezerra, explicou que “os resultados de pesquisa consistem em um capital de alto valor para o planejamento da próxima Safra. Principalmente, nesse cenário de alto preços dos insumos”.
O alto valor de produtos essenciais para o pleno desenvolvimento do grão na lavoura também é uma das condicionantes para que o produtor possa viabilizar novos caminhos para aumentar a produtividade da sua propriedade.
“Atualmente, com preços elevados dos fertilizantes os experimentos de longa duração, conduzidos pela Fundação MS, auxiliam no dimensionamento das doses corretas dos nutrientes, alinhando a expectativa de produtividade das culturas ao teor dos nutrientes no solo, evitando, assim, o aumento dos custos de produção sem o devido posicionamento técnico”, destacou o pesquisador responsável pelo setor de Manejo e Fertilidade do Solo, Dr. Douglas Gitti.
Ele ainda explicou que a rotação de culturas pode ser bastante útil na manutenção das atividades sem desgastar o solo. Como opções, Gitti revela que “alternativas ao cultivo de milho safrinha, semeado fora da janela adequada, mostraram que o cultivo de braquiária e aveia podem proporcionar aumento da produtividade da soja em determinados ambientes de produção”.
A interação com o produtor e com as pessoas ligadas as áreas da cadeia produtiva possibilita maior debate e entendimento sobre as demandas existentes no campo. Para o pesquisador do setor de Herbologia e Entomologia, Dr. Luciano Del Bem Júnior, as palestras abordaram temas que estão no dia a dia do produtor e essa aproximação permitiu aos pesquisadores conhecer melhor as condições atuais de cada região, ampliando o debate sobre as principais preocupações existentes.
“Enxergo como algo de grande valor esses encontros. São nesses os momentos que os produtores nos falam as dúvidas reais e os problemas que estão passando. Dúvidas como momento de aplicação, nível de controle e eficiência de produtos são sempre as mais comentadas, além de perguntas sobre outras pragas e plantas daninhas de outras culturas”, ressaltou Del Bem Júnior.
Com um ano agrícola atípico, onde houveram especificidades em diferentes locais – como fungos na região centro-norte e estresse hídrico na região sul do estado – as dúvidas dos produtores começaram a se espalhar por todos os cantos.
“A importância do giro pelo estado é que acabamos abrangendo várias regiões que apresentam diferentes condições edafoclimáticas, condições de solo e problemas fitossanitários. A ideia é levar a informação ao produtor a respeito desses assuntos, no caso, manejo de fungos, solos, nematoides e falar sobre a mancha-alvo”, explicou a pesquisadora do setor de Nematologia e Fitopatologia, Dra. Ana Claudia Ruschel Mochko.
O evento é uma realização da Fundação MS, com promoção da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul), da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) e do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul (OCB-MS).
O apoio fica com os Sindicatos Rurais de Ivinhema e Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Maracaju, Rio Brilhante e Dourados, das Prefeituras Municipais de Maracaju, Rio Brilhante e Anaurilândia, da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Rio Brilhante (AEARB), Cooperativa Agropecuária São Gabriel do Oeste (Cooasgo), LMS Agro, Fundação Oacir Vidal, 56ª Expoagro, Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense (Coopasul), Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
As empresas patrocinadoras são Agriseiva, Agroexata, Corteva, Fundação Meridional, Ihara, Inquima, Sementes Tormenta, Syngenta, UPL e Vittia.
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