Estudo sobre o panorama dos resíduos sólidos do Brasil, realizado pela Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), aponta que em 2015 Mato Grosso do Sul ocupou a 9ª posição entre os Estados que mais geram lixo urbano no país. Foram 2.642 toneladas por dia naquela ano. A produção de lixo no Estado é superior ao vizinho Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná.
Por dia, são coletados 0,910 gramas de resíduos, em média, por habitante. Em 2014, a quantidade era menor, de 0,907 g por pessoa. Apesar do aumento da produção de lixo, a pesquisa mostrou que o descarte adequado não tem acompanhado esse crescimento.
Prova disso, de acordo com o estudo, é que menos da metade do que a do lixo jogado fora vai parar em aterros sanitários, forma adequada para armazenar resíduos.
Apenas 40,15% do lixo gerado no Estado, aproximadamente 967 toneladas por dia, são destinadas adequadamente à aterros sanitários. O restante, 723 t, são levados à aterros controlados - uma solução rápida encontrada para dar resposta à imensa quantidade de resíduos geradas e que os municípios não conseguiam tratar.
Já os lixões receberam diariamente 722 toneladas de resíduos, o que representa 30% de materiais descartados, em desacordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a PNRS, aprovada em 2010, que previa a erradicação dos lixões para agosto de 2014.
O assunto também entrou na mira do TCE (Tribunal de Contas do Estado), e em julho deste ano, pesquisa realizada pelo órgão revebou que 79,7% dos municípios de Mato Grosso do Sul continuam utilizando o descarte a céu aberto.
Cenário Nacional - O Panorama de 2015 revelou um total anual de 79,9 milhões de toneladas no país, configurando um crescimento a um índice inferior ao registrado em anos anterior.
A comparação entre a quantidade de resíduos sólidos gerada e o montante coletado em 2015, que foi de 72,5 milhões de toneladas, resulta em um índice de cobertura de coleta de 90,8% para o país, o que leva a cerca de 7,3 milhões de toneladas de resíduos sem coleta no país e, consequentemente, com destino impróprio.
No tocante à disposição final, houve aumento em números absolutos e no índice de disposição adequada em 2015: cerca de 42,6 milhões de toneladas de resido sólido urbano, ou 58,7% do coletado, seguiram para aterros sanitários.
Por outro lado, registrou-se aumento também no volume de resíduos enviados para destinação inadequada, com quase 30 milhões de toneladas de resíduos dispostas em lixões ou aterros controlados, que não possuem o conjunto de sistemas e medidas necessários para proteção do meio ambiente contra danos e degradações.
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