Os profissionais participaram das Paralimpíadas de Paris e trouxeram cinco medalhas para o Estado.

Medalhistas paralímpicos de MS recebem homenagem no Estado após conquistas em Paris
Medalhistas participaram de cerimônia. / Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax

Nesta segunda-feira (16), nove atletas sul-mato-grossenses foram homenageados pelo Governo de Mato Grosso do Sul após conquistas em Paris. Os profissionais participaram das Paralimpíadas de Paris e trouxeram cinco medalhas para o Estado.

“Não tem ninguém melhor no mundo do que eles, nas suas respectivas modalidades. E a hora que toca o hino do Brasil, a gente vê o Mato Grosso do Sul ali representado”, destacou o governador Eduardo Riedel (PSDB).

Foram entregues aos atletas fotos da competição, sendo que os com deficiência visual receberam placas em alto relevo como forma de homenagem.

Dos nove atletas foram homenageados. Contudo, apenas Yeltsin Francisco Ortega Jacques, Fernando Rufino de Paulo, e Kelly Kethyllin Barros Victorio participaram do evento.

Além deles, cinco paratletas escolares receberam a homenagem. Assim, levaram para casa placas de comemoração e ursinhos artesanais.

Riedel comentou que este “é um momento aqui de muito orgulho do nosso estado, de muito agradecimento a toda trajetória que os atletas do Mato Grosso do Sul estão representando aqui porque conquistaram ouro, mas tivemos bronze, outras posições de destaque”.

Medalhistas
Rufino aproveitou a oportunidade para afirmar que já está de olho nas próximas competições. “Já veio desde de Tóquio onde a gente ganhou, foi campeão a primeira vez e agora já deu em bala continuando na França e se Deus quiser já estamos falando em Los Angeles”, comentou sobre o apoio estadual.

“Então isso é vitória nossa e hoje é o motivo de eu estar aqui abraçando hoje quem me apoiou e pessoas que torceram pra mim, isso é um motivo de muita satisfação de morar no Mato Grosso Sul”, destacou Rufino.

Para Kelly, o resultado “não foi satisfatório”. “A gente sempre quer mais, a gente sempre quer um lugarzinho ali no pódio, mas o aprendizado que eu trouxe de lá, a experiência, estou levando agora para Los Angeles e é pensar que eu tenho um ciclo inteiro para me preparar para o próximo”, explicou os planos.

Conheça nossos atletas paralímpicos
Atletismo
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Gabriela Mendonça Ferreira, 26, natural de Campo Grande, competirá nas provas de atletismo. A atleta paralímpica é da classe T12, destinada a atletas com baixa visão.

A campo-grandense encontrou o esporte paralímpico em 2009 por meio de um projeto escolar. O esporte se tornou uma forma de superar desafios, incluindo o bullying que enfrentou.

Gabriela estreia na Paralimpíada deste ano. Por isso, aqui estão algumas de suas conquistas: medalhas de ouro no salto em distância e bronze nos 100 metros dos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.

No Mundial de Dubai 2019, ela ganhou medalha de bronze no salto em distância.

Paulo Henrique Andrade dos Reis, natural de Dourados, competirá na modalidade de atletismo, classe T-13. Ele conquistou prata no salto em distância nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023 e ouro no Grand Prix em Marrakech 2023.

Diagnosticado com retinose congênita aos dois anos, Paulo também é um exemplo de superação e dedicação.

Yeltsin Francisco Ortega Jacques, de 33 anos, é natural de Campo Grande e foi convocado para disputar as provas de 1.500 e 5.000 metros na classe T11, destinada a atletas cegos. 

Recordista mundial nas duas provas e atual campeão mundial dos 5.000m, Yeltsin entra como favorito para conquistar medalhas. Isso porque na última edição dos Jogos Paralímpicos, em Tóquio-2020, ele levou o ouro nas duas categorias e ainda garantiu o recorde mundial.

Atleta-Guia (Atletismo)
O atleta Edelson de Avila Almeida, nascido em Iguatemi, atuará como atleta-guia de Júlio César Agripino, auxiliando nos desafios das provas de atletismo, ou seja, sua participação é crucial para o sucesso dos competidores que necessitam de guia durante as corridas.

Canoagem
Débora Raiza Ribeiro Benevides, nascida em Campo Grande, representará Mato Grosso do Sul na canoagem. Com uma carreira repleta de conquistas, incluindo medalhas em campeonatos mundiais e pan-americanos, Débora é uma das grandes esperanças brasileiras na modalidade.

A atleta, que tem má-formação nas pernas, iniciou no atletismo aos 15 anos, mas encontrou seu verdadeiro talento na canoagem.

Já Fernando Rufino de Paulo, conhecido como “Cowboy de Aço”, representará Mato Grosso do Sul na canoagem paralímpica. Natural de Mundo Novo, o atleta promete trazer grandes resultados para o Brasil, já que tem se destacado em competições internacionais.

O atleta vai representar o estado nas Paralimpíadas, após conquistar a medalha de ouro na categoria VL2M200m no Mundial de Paracanoagem. Rufino também competiu na Rio-2016, ganhando a medalha de prata nos 200 metros.

Por fim, em Tóquio-2020 fez história ao alcançar a medalha dourada ouro na prova de 200 metros, com o tempo de 53,077 segundos.

Judô
Erika Cheres Zoaga, nascida em Guia Lopes da Laguna, competirá na categoria +70 kg da classe J1 (cegos totais). Atualmente representando a equipe ARDV-MT, Erika possui um histórico impressionante, incluindo conquistas recentes como prata no Grand Prix de Tiblissi e ouro no Grand Prix de Antalya em 2024.

Nascida com glaucoma congênito, Erika descobriu o judô em 2006 e, desde então, vem acumulando vitórias significativas no cenário internacional.

Também de Campo Grande, a jovem judoca Kelly Kethyllin Victório, de 20 anos, foi convidada para competir nos Jogos Paralímpicos de Paris, após o Brasil garantir mais duas vagas na competição. Por isso a atleta compete na categoria até 70 kg da classe J2 (baixa visão).

Recentemente, ela conquistou a medalha de ouro no Parapan de Jovens em Bogotá, demonstrando seu talento e determinação. Kelly, que nasceu com má-formação no nervo óptico, ocupa a décima posição no ranking paralímpico da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA).

Por fim, além dos atletas, a professora de judô Anne Talitha Almeida Ferreira Silva foi chamada para ser auxiliar-técnica da delegação brasileira na competição. Com uma carreira dedicada ao treinamento de atletas paralímpicos desde 2006, Anne Talitha traz sua vasta experiência e conhecimento para a equipe brasileira.