Pedreira Coplan, que atua na extração de britagem e basalto, iniciou operações em Inocência, com investimento de r$ 22 milhões.

Megafábrica de celulose atrai investimento milionário de empresa de mineração a MS
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A fábrica de celulose da Arauco, que está em fase de construção em Inocência, atraiu mais um empreendimento do setor de mineração a Mato Grosso do Sul. A Pedreira Coplan, empresa do estado de São Paulo que atua na extração e britagem de basalto, iniciou oficialmente suas operações no município.

De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o investimento na nova unidade é de R$ 22 milhões.

O objetivo da pedreira é atender demandas locais e regionais, com destaque para o fornecimento à Arauco Celulose, além de contribuir para o fortalecimento da infraestrutura das cidades vizinhas.

“Já temos demandas da obra da indústria de celulose da Arauco em Inocência que estão sendo supridas por empresários locais. Agora, coma chegada da Coplan, temos um avanço significativo para o desenvolvimento local", disse o titular da Semadesc, Jaime Verruck.


"Com a nova unidade, a Pedreira deve fortalecer setor de construção civil na região e impulsionar a economia local com a geração de empregos e o fortalecimento da cadeia produtiva”, acrescentou o secretário.

O coordenador de Mineração e Gás da Semadesc, Eduardo Pereira, enfatizou o impacto positivo dessa operação para o setor mineral e para as obras industriais na região.

“Esse tipo de mineração é essencial para esta etapa da obra industrial. Vale ressaltar que a mineração possui um ordenamento jurídico próprio, regido por leis federais e estaduais, o que exigiu um período de adequações e trâmites legais para viabilizar essa operação com responsabilidade e segurança”, explicou.

Arauco
A previsão é de que a fábrica, que demandará investimentos de US$ 4,6 bilhões, entre em operação no segundo semestre de 2027. Para ter matéria-prima, cerca de 400 mil hectares de eucaliptos já foram ou serão plantados no entorno. 

Além de celulose, a previsão é de que o Projeto Sucuriú, que ficará às margens do rio como mesmo nome, gere 400 megavats de energia. A metade será consumida pela própria fábrica e o restante será vendido, sendo suficiente para abastecer uma cidade com até 800 mil habitantes. 

Segundo o projeto original, a indústria da Arauco tem previsão de produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano, 1,5 milhão de toneladas a mais do que é produzido no Chile.

Isso faria da Arauco a segunda maior planta de Mato Grosso do Sul (e do Brasil), ficando atrás somente da unidade da Suzano de Ribas do Rio Pardo (2,9 milhões de toneladas/ano).

Após a conclusão da primeira parte (edificação) serão cerca de 2 mil postos de trabalho para as operações industrial e florestal.

Antes mesmo de iniciar as obras da primeira etapa a direção da Arauco já fala em dobrar a capacidade de produção em uma segunda fase. 

Vale da Celulose
Atualmente existem três fábricas de celulose em atividade em Mato Grosso do Sul. A primeira, da Suzano, opera desde 2009 em Três Lagoas. A segunda, a Eldorado, do grupo J&F, na mesma cidade, funciona desde 2012. A terceira é a da Suzano de Ribas do Rio Pardo.

E, além do projeto da Arauco em Inocência, existem estudos para instalação de uma quinta unidade, desta vez em Água Clara, que deve ser erguida pela Bracell.