Menino morto após ser esquecido em carro pode ter dormido, diz polícia
Corpo de criança morta dentro de carro foi levado para o IML de Santos, SP. / Foto: LG Rodrigues/G1

A Polícia Civil investiga a possibilidade do menino Breno, de seis anos, que morreu dentro de um carro na tarde desta sexta-feira (6), ter dormido assim que sua tia chegou à unidade do Serviço Social da Indústria (Sesi) em Santos, no litoral de São Paulo, onde ele estudava. Identificada como Vanda, ela trabalha no local e teria esquecido a criança dentro do veículo às 7h30, só se lembrando do fato às 16h30, quando correu até o automóvel, mas já o encontrou sem vida no banco de trás.

A unidade fica na Avenida Nossa Senhora de Fátima, no bairro Chico de Paula. Por conta do trabalho das equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, o local precisou encerrar suas atividades mais cedo. Por volta das 17h, o pai e a mãe do garoto chegaram ao Sesi, assim como uma equipe de peritos. O casal foi embora por volta das 19h. O corpo do garoto foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e deve ser velado neste sábado (7).

Breno passou cerca de nove horas dentro do carro, antes de ser localizado. Segundo a Polícia Civil, Vanda, que é professora da unidade, costumava levar a criança junto com o seu filho para o Sesi. Porém, como o primo da vítima não foi para a aula nesta sexta-feira, ela teria esquecido o sobrinho no automóvel e entrado na escola. “O filho dela estava habituado com essa rotina, ele mesmo abria a porta do carro e saía, o sobrinho não", analisa o delegado Cláudio Rossi, do 5º Distrito Policial (DP) de Santos, onde o caso é investigado.

Segundo o delegado, é possível que Breno tenha dormido e por isso não alertou sua tia quando ela saiu do carro. “Acreditamos que ele devia estar dormindo quando ela chegou. Permaneceu ali e, pela falta de oxigênio, deve ter desmaiado. Hoje a temperatura subiu muito e isso pode ter contribuído. Tudo vai ser confirmado pelo exame necroscópico”, conclui.

O G1 entrou em contato com o Sesi, mas até a publicação desta reportagem não existia uma posição oficial dos responsáveis pela unidade.