As cartinhas foram entregues para profissionais da saúde de todo o Estado que passarão o Dia das Mães longe dos filhos
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'Olá querida mamãe que está lutando por vidas e que não vai pode passar o dia das mães com seus filhos, fique tranquila, pois sei que você vai conseguir. Infelizmente esse ano eu vou passar o dia das mães sem minha mãe, pois agora ela virou um anjinho no céu. Isso é bem triste, mas eu sou forte igual minha mãe foi e você também é e juntos vamos vencer a Covid-19'.
A cartinha é da aluna Gabrielly Birck, de 12 anos, que perdeu a mãe há 15 dias para o coronavírus. Ela, e mais de 700 crianças das escolas do Sesi do Estado, fizeram parte da ação do Sistema Fiems e escreveram cartas para profissionais da saúde que são mães e atuam no combate à doença.
A distribuição foi feita em hospitais de Campo Grande, Aparecida do Taboado, Corumbá, Dourados, Três Lagoas, Maracaju e Naviraí.
Na Capital, os palavras de carinho acolheram as servidoras que estavam de plantão deste sábado no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), hospital referência contra o coronavírus no Estado.
“Eu vou passar o fim de semana todo no hospital, longe dos meus filhos, mas sei que estarei ajudando outras mães e outros filhos. Essa cartinha, dizendo o quanto eu sou linda, especial e batalhadora me deu mais forças para continuar esse trabalho, porque nós todas da linha de frente estamos muito cansadas', disse a neurologista Aline Kanashiro, que trabalha na UTI Covid.
A técnica de enfermagem Milena Einecke tambpem vai passar a data comemorativa longe dos dois filhos e dos cinco netos. Ela diz que, embora seja a rotina de quem escolheu a saúde como profissão, passar fins de semana longe é angustiante.
“A gente acaba ficando meio chateada, porque vê as fotos de outras mães com seus filhos e dá aquela pontadinha de inveja. E a gente se olha e também vê as colegas todas aqui, apoiando e ajudando outras famílias. Isso compensa, mas agora, com essas cartinhas, ainda mais”.
Já para a técnica administrativa Edna Gomes, que trabalha na recepção do Hospital Regional, o mais gratificante do Dia das Mães é saber que está ajudando uma outra mãe a ter mais chances de reencontrar seu filho.
“Nós temos muitas mães internadas aqui, mas também temos muitos filhos. Sabemos da importância do nosso trabalho e essas cartas reconhecendo nosso esforço e nossa importância deixa tudo muito especial”.
A estagiária da biblioteca da Escola do Sesi de Campo Grande, Jéssica do Nascimento Carrijo acompanhou o processo de escrita das cartas das crianças e ressaltou que a ação foi enriquecedora para todos que trabalharam nela.
“É uma carta mais linda do que a outra. Os alunos têm consciência da seriedade do momento que estamos passando e da importância do trabalho dessas mães, que estão pelo segundo ano consecutivo nessa luta. As crianças se empenharam, os pais também, porque trouxeram as cartas para a escola e é gratificante ver a emoção dessas mães recebendo nosso carinho”.
Outra aluna que escreveu uma cartinha foi Eloisa, de 12 anos. Ela disse que tentou passar uma sensação de acolhimento.
“O Dia das Mães é uma data de comemoração e eu quis que essa mãe tivesse uma sensação boa mesmo longe dos seus filhos num dia em que ela deveria estar com eles. Eu sei que essas mães são essenciais para todo mundo e dão motivação para todos. São as nossas heroínas”.
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