Robson Giorno, profissional assassinado, havia feito uma queixa em 2015 contra o deputado federal Washington Quaquá, também do PT, alegando ameaças.

Ministério Público do Rio aponta deputado como mandante do assassinato de jornalista em 2019
A defesa de Renato Machado refuta as acusações . / Foto: Reprodução

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apresentou uma denúncia contra o deputado estadual Renato Machado, do PT, acusando-o de ser o mandante do assassinato do jornalista Robson Giorno, que ocorreu em Maricá em 2019. Além de Machado, outras três pessoas foram incluídas na denúncia. A motivação para o crime estaria relacionada à insatisfação do deputado com reportagens de Giorno que sugeriam um suposto caso extraconjugal. De acordo com a delegada Bárbara Lomba, o jornalista foi alvo de uma emboscada, sendo executado por indivíduos que o aguardavam em um veículo. A defesa de Renato Machado refuta as acusações, alegando que a denúncia se fundamenta em um depoimento isolado de uma testemunha que, segundo eles, apresentou diversas versões e foi detida por falso testemunho.

Robson Giorno havia feito uma queixa em 2015 contra o deputado federal Washington Quaquá, também do PT, alegando ameaças. Quaquá, por sua vez, desqualificou a acusação, chamando-a de “mentirosa”. Giorno, que foi presidente do PSL em Maricá, também era cogitado para se candidatar à prefeitura nas eleições de 2020. A situação em torno do caso de Giorno levanta questões sobre a segurança dos jornalistas e a liberdade de imprensa no Brasil. A denúncia contra Machado e os desdobramentos do caso podem ter implicações significativas para a política local e para a proteção dos profissionais de comunicação que atuam em áreas de risco.