"Apurar o quê? Os caras já morreram tudo, pô (sic). Vai trazer os caras do túmulo de volta?", disse Mourão sobre investigar crimes da ditadura.

Mourão é criticado por ironizar apuração de crimes da ditadura militar
Mourão é criticado por ironizar apuração de crimes da ditadura militar. / Foto: © Getty Images

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que se o general está ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) é porque se identifica 'com a impunidade, com a tortura, com a ditadura', e defendeu que Mourão deve 'sair do controle do País'.

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) classificou a fala como algo a 'se indignar e chorar'. 'Além da falta de competência desse governo, há também muita falta de sensibilidade', publicou em sua rede social.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) lamentou o ocorrido e defendeu que o 'deboche inumano' de Mourão representa a 'exata dimensão da escória que chegou ao poder com Bolsonaro': 'Trogloditas insensíveis, despreparados e disparatados. Uma lástima', disse.

Guilherme Boulos (PSOL) disse que muitos parentes dos mortos na ditadura seguem à espera de respostas. 'Muitas mães seguem até hoje sem saber onde estão seus filhos desaparecidos. É por isso que exigimos memória, verdade e justiça, senhor Mourão!', disse.

A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) questionou Mourão sobre as torturas e sumiços da ditadura militar: 'o general e seus colegas podem responder 'onde estão os túmulos?''.

A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) relembrou a dor das famílias com as perdas da ditadura. 'A ditadura assassina que você defende, além de matar, não deu às famílias o direito de enterrarem seus mortos. Não há túmulos. Estão desaparecidos até hoje. Onde está Fernando Santa Cruz? Luiz Maranhão? Virgílio Gomes da Silva?', perguntou.