Presídios de Mato Grosso do Sul abrigam, segundo dados do Centro de Segurança Institucional e Inteligência do Ministério Público de São Paulo, 780 presos que integram o conhecido PCC (Primeiro Comando da Capital)
Presídios de Mato Grosso do Sul abrigam, segundo dados do Centro de Segurança Institucional e Inteligência do Ministério Público de São Paulo, 780 presos que integram o conhecido PCC (Primeiro Comando da Capital).
O dado indica que a facção criminosa criada em 1993, num presídio de Taubaté (SP), tem em MS sua sétima maior força do país.
Do início do ano até agora, PCC e organizações rivais envolvem-se em que já provocaram a morte de ao menos 130 presos – os massacres ocorreram em presídios de Manaus (AM), Boa Vista (RR) e Natal (RN).
Dois seriam os motivos da guerra: controle do tráfico de armas e drogas e também como protesto pela superlotação nas penitenciárias.
A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), afirma que reforçou a segurança dentro e fora dos principais presídios, como em Campo Grande e Dourados, desde o início das rebeliões deflagradas em estabelecimentos penais da região Norte do país.
A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciária) informou por meio de sua assessoria de imprensa, que mantém um serviço de inteligência que monitora as organizações criminosas nos presídios.
Contudo, “não dá informações sobre os números relativos à facções, por se tratar de informações de segurança”. Na manhã desta terça-feira (19), o diretor-presidente da Agepen, Ailton Stropa Garcia, participava de uma reunião e não pode comentar o informe do Ministério Público paulista.
Reportagem publicada nesta quinta-feira (19), por UOL, diz que o Norte e o Nordeste do país são as mais novas fronteiras da expansão do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Brasil.
As duas regiões, segue a reportagem, onde três grandes rebeliões já causaram a morte mais de cem presos nos primeiros dias deste ano, têm hoje cerca de 6 mil criminosos ligados à facção de origem paulista. Isso corresponde a cerca de 33% de todos os filiados à organização.
Já a região Sudeste, diz UOL, tem cerca de 43% dos membros do PCC. O Sul tem quase 16%; e os Estados do Centro-Oeste, 7% dos filiados à organização.
TORNOZELEIRA
Presídios de MS abrigam, hoje, em torno de 16,3 mil presos. O vice-presidente do Tribunal de Justiça, Paschoal Carmello Leandro, informou que o contingente detido representa o dobro da capacidade.
Por orientação do STF (Superior Tribunal Federal), o tribunal encaminhou à corte, em Brasília, relação dos presos provisórios, em torno de cinco mil encarcerados.
Ideia em curso é tentar reduzir a superlotação implantando em detidos o monitoramento eletrônico, no caso, as tornozeleiras.
A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) informou que um programa em andamento, o de adquirir duas mil tornozeleiras, deve ser posto em prática aqui em MS até o mês que vem.
ORGANIZAÇÕES
Além do PCC, presídios de MS abrigam também a facção CV (Comando Vermelho) e outras quatros pequenas organizações. PCC e CV, que eram aliados, entraram em guerra a partir de setembro do ano passado, principalmente pelo controle do tráfico de drogas, fora dos presídios. Além dos integrantes, tais facções contam com os chamados simpatizantes, que estão em liberdade. O PCC cobra de seus membros uma espécie dízimo, que seria de R$ 750.
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