Violência contra crianças e adolescentes e contra pessoas com deficiência se destaca
Mato Grosso do Sul se destaca em denúncias de violações de direitos humanos, ocupando o segundo o lugar no Brasil. Em 2017, o “Disque 100” recebeu do estado 2.555 ligações denunciando algum tipo de violência contra crianças e adolescentes, pessoas idosas, LGBTs, pessoas com deficiência e outros em situação de vulnerabilidade. Os dados foram divulgados nesta nesta sexta-feira (dia 4) pelo Ministério dos Direitos Humanos.
O número de Mato Grosso do Sul no ano passado corresponde a 104,33 denúncias por cada 100 mil habitantes, considerando a população de 2,449 milhões de pessoas. Essa proporção só é inferior a do Distrito Federal, de 125,4 por 100 mil habitantes. Na comparação com o ano anterior (2.342), o crescimento do volume de denúncias em 2017 foi de 9% no estado. Em 2016, Mato Grosso do Sul ocupava o quarto lugar em quantidade relativa de denúncias.
A concentração, em 2017, foi de ligações para denunciar algum tipo de violência contra crianças e adolescentes – foram 1.669 casos no ano passado. Na sequência, aparecem: idosos (541), pessoas com deficiência (205), pessoas com restrição de liberdade (72), LGBTs (20), população em situação de rua (15), igualdade racial (5) e outros (28).
Deficientes – As denúncias que elevaram a participação relativa de Mato Grosso do Sul no quadro nacional foram as relativas a pessoas com deficiência (o estado aparece em primeiro lugar) e a crianças e adolescentes (em terceiro).
Por cada cem mil habitantes, foram feitas, em Mato Grosso do Sul, 38,92 denúncias de violência contra deficientes durante o ano passado. Essa equivalência considera que o estado tem 526.672 pessoas com deficiência.
A maior parte das ligações foram para denunciar, na ordem decrescente, negligência (142 casos), violência psicológica (109), física (67) e abuso econômico e financeiro (52), entre outras violações. A quantidade supera a de total de ligações, porque cada denúncia informa mais de um tipo de violência. Quanto às vítimas, a maioria tinha deficiência mental (91), física (57) e intelectual (12).
Crianças e adolescentes – A quantidade de denúncias (1.669), em se tratando de crianças e adolescentes, foram relativas, majoritariamente, à negligência (1.256), violência psicológica (755), física (628) e sexual (345). Os principais autores de violência contra crianças e adolescentes eram pai (700), padastro (244), tio (103), avó (145), vizinho (92) e avô (68).
O total de denúncias feitas em 2017 pelos sul-mato-grossenses correspondeu a 222,5 por 100 mil habitantes (são 750.128 pessoas de zero a 17 anos). Essa equivalência é a terceira maior do Brasil, atrás apenas aos números do Distrito Federal (269,42 por 100 mil habitantes) e Rio de Janeiro (225,93).
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