A segunda “bolha de calor” com influência em Mato Grosso do Sul em menos de três meses é motivo de piadas nas redes sociais. As temperaturas quentes dos últimos dias, que tanto incomodam a população, são retratadas, por exemplo, em uma charge com a estátua da liberdade da Havan sem roupas por conta do calor. Em outra, uma casa de joão de barro equipada com ar condicionado.
Enquanto isso, a população continua usando as velhas armas para combater o tempo quente: uma boa sombra, água e um copo de tereré. É assim que o caminhoneiro Adilson Firmino, 41 anos, esperava por serviço na Avenida Gunter Hans junto com um colega.
“É assim mesmo, quando não estamos trabalhando, estamos aqui, tomando um tereré, uma água fresca”. Ele diz que hoje a temperatura está mais amena, mas ontem era “insuportável”. “O calor está bem forte, está bem alterado”, diz.
A explicação que o meteorologista Franco Vilela é que, diferente do que ocorreu ano passado, quando houve recorde na quantidade de dias que durou a bolha de calor, desta vez o fenômeno está deixando passar um pouco de umidade vinda da Amazônia.
Esse sistema de alta pressão, que está localizado nos níveis médios da atmosfera, dificulta a formação de chuvas generalizadas. O que acontece são pancadas esporádicas, rápidas, em lugares pontuais e por vezes fortes. Para esta quarta, por exemplo, há previsão de granizo entre o fim da tarde e início da noite.
A temperatura hoje à tarde, segundo boletim do Inmet, varia entre 35°C e 34°C durante a tarde em Campo Grande e entre 38°C e 40°C na região do Pantanal. A previsão de meteorologista do Inmet é que a influência desse bloqueio dure pelo menos até o final da semana que vem.
“Esse sistema começou a agir no sudeste e cada vez mais vai se aproximando do centro-oeste. Está em atividade há pelo menos duas semanas. Para essa época do ano não é tão normal. Na verdade, até meados da semana que vem devemos estar com ele por aqui”, diz Vilela.
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