Essa será uma audiência de instrução e julgamento do caso ocorrido no dia 8 de março.

Mulher acusada de matar marido a facadas no Jardim Aeroporto tem audiência marcada
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O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) marcou a primeira audiência do caso da mulher de 46 anos acusada de matar o próprio marido, Adailton Cabreira Santana, de 29 anos, no Jardim Aeroporto, em Campo Grande. O crime ocorreu no dia 8 de março.

Na data dos fatos, a mulher teria desferido um golpe certeiro de faca no pescoço da vítima, que morreu ainda no local. As informações apontam que o casal teria passado o dia todo ingerindo bebida alcoólica, além de manter um relacionamento conturbado, com discussões e agressões, segundo a denúncia.

A mulher está sendo denunciada por homicídio simples na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Com isso, o Ministério Público designou a primeira audiência de instrução e julgamento do caso.


 

Após a designação, a audiência está prevista para acontecer no próximo dia 19 de maio, com início às 15h30.

Defesa pede revogação da prisão
A defesa da mulher alegou a ausência de fundamentação idônea para a prisão preventiva e acrescentou um esboço dos depoimentos de testemunhas ouvidas. Logo, o advogado citou o depoimento de uma pessoa que se identificou como familiar de Adailton, onde relatou que ouviu uma briga inicial às 8 horas da manhã e durante a tarde uma pessoa lhe informou que a mulher havia matado o companheiro.

Em seguida, a defesa apresentou uma contradição: “Apenas ouviu a discussão, porém sequer presenciou o homicídio em questão”, diz trecho do esboço.

Ainda, o advogado de defesa acrescentou o depoimento de policiais que atenderam a ocorrência naquele sábado (8). Ele menciona que no depoimento consta que uma prima da suspeita esteve no local relatando que viu a mulher na esquina da casa em atitude suspeita e que a mesma já havia agredido seu próprio filho há algum tempo em situação semelhante. “Fato este que não se confirma pelas testemunhas presentes no local”, descreve o depoimento citado.

Logo, o advogado pontuou que a prima sequer foi até a delegacia para confirmar essas informações e não presenciou os fatos. “Como o próprio depoimento da acusada, só estavam os dois no imóvel. Destaco que, nenhuma das “testemunhas” presenciaram o fato, e mais, com a devida vênia, não adentrando no mérito, mas, quem é vítima de fato é a requerente”, argumenta a defesa.

Facada no pescoço
A mulher é suspeita de matar Adailton a facadas, no dia 8 de março, na residência onde moravam. Ele morreu no local e ela foi presa em seguida.

Segundo vizinhos, as brigas entre o casal eram constantes e eles teriam passado o dia todo ingerindo bebida alcoólica. Familiares afirmam que a mulher havia registrado boletim de ocorrência contra ele por agressão.

A vítima, era auxiliar de pedreiro e morreu após ser atingido por facadas no pescoço. A suspeita disse que ele mesmo tinha se ferido durante uma discussão e que ela não tinha saído em nenhum momento da residência. A faca usada no crime estava próxima do corpo.

Prima da autora esteve no local e afirmou que viu a mulher na esquina da casa em atitude suspeita. Familiar de Adailton contou à polícia que a mulher já havia agredido a vítima com faca, mas que ele não procurou para registrar as agressões dela.