Acusada se apresentou à polícia e foi liberada; ela responderá o processo em liberdade.
A mulher de 25 anos que atropelou o padrasto, identificado como Maikon da Silva, de 39 anos, para tentar vingar a violência física sofrida por sua mãe, se apresentou na 6ª Delegacia de Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (26), após quatro dias foragida.
Como publicado ontem pelo Correio do Estado, a mãe da acusada havia relatado que falou com a filha, que afirmou que se entregaria ainda esta semana, mas sem especificar o dia ou como o faria. A investigada foi indiciada por homicídio e foi liberada para responder o processo em liberdade, já que o período de flagrante já havia expirado.
De acordo com informações da Polícia, a mulher não tem passagens pela polícia e afirmou que jogou o carro em cima do padrasto “apenas para assustar” e não se recorda porque deu marcha ré e o atropelou pela segunda vez. Além disso, ela esclareceu que sua amiga que a acompanhava não teve envolvimento no crime.
Em seu depoimento, ela ainda relatou que passou o dia fora de casa, com uma amiga e quando retornou, às 19h00, foi informada pela irmã mais nova que sua mãe tinha sido agredida pelo namorado.
Ainda de acordo com seu relato, ela saiu de carro para procurar pelo homem, mas não o localizou e, então, quando estava voltando para casa conseguiu contato com a vítima e o encontrou na frente de um mercado localizado na rua Afluente, no Portal Caiobá. O local fica a alguns quilômetros da casa onde a agressão aconteceu.
Quando questionada porque tomou a atitude de jogar o carro contra Maikon, a acusada disse que ficou assustada quando soube que sua mãe foi agredida porque há “tanto homem matando mulher…” e só queria dar um susto no homem e não se lembra porque jogou o carro contra ele pela segunda vez.
Ela ainda contou que não pensou em ligar para a polícia porque achou que a vítima tinha fugido. Assim, resolveu agir por conta própria.
A mulher ainda detalhou que sua mãe estava com este namorado há pouco tempo, mas que ele tinha um comportamento agressivo com ela toda vez que ingeria bebidas alcoólicas ou usava drogas.
Em conversa com o Correio do Estado, a mãe da acusada confirmou a informação e disse que aquela não era a primeira vez que o homem a batia, mas nunca contou para seus filhos sobre as outras violências sofridas.
“Tinha hora que ele ficava louco e queria matar e tinha hora que ele ficava calmo, mas sempre falava pra mim “você é minha e não vai ser de homem nenhum. Você morre ou eu morro, a gente nunca vai se separar”, relembrou.
Por fim, ela também afirmou que apenas fugiu porque ficou com medo das consequências e não informou o local onde ficou desde o dia do crime. Se condenada, ela pode responder por homicídio qualificado por motivo fútil e pelo emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima.
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