No primeiro Encontro Nacional de Redes de Pessoas Trans realizado entre os dias 5 e 8 de fevereiro em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira, inaugurada recentemente na capital do estado, foi tema de debate entre os participantes. O espaço terá funcionários capacitados para atender mulheres indígenas, negras, deficientes visuais, auditivas, cadeirantes e, segundo a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Liz Derzi de Mattos, também para mulheres trans (travestis e transexuais).
O anúncio da secretária foi bem recebido pelo presidente da Comissão da Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil de MS, Júlio Valcanaia. “Foi uma resposta a diálogos estabelecidos, reuniões, seminários e oficinas de cidadania e diversidade sexual. A conquista se deve, inicialmente, à atuação do Fórum Estadual de Violência Doméstica contra as Mulheres, encabeçado pela Ordem, de onde se pautou a necessidade de criação de um serviço unificado para as vítimas”, explicou.
Representando a Comissão da Diversidade Sexual da OAB/MS, Valcanaia sustentou perante membros do Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública, a importância das mulheres trans nas mesmas políticas defendidas para as mulheres cisgêneras. “É preciso tratar todas com igualdade, para que as vítimas se sintam adequadamente representadas ao serem acolhidas na instituição”, ressaltou o presidente da Comissão.
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