O servidor público Faerisson Lima Souza, de 30 anos, foi pego de surpresa ao tentar enterrar a avó no cemitério Campo da Esperança de Taguatinga, no Distrito Federal: o corpo de outra pessoa já ocupava a cova comprada pela família. A administradora do cemitério informou ao G1 que ofereceu outro jazigo, sem custos, para o sepultamento. O caso, ocorrido em 29 de dezembro, é investigado pela Polícia Civil.
Como o enterro teria ocorrido há menos de cinco anos, os funcionários foram impedidos de continuar mexendo no local. Os coveiros decidiram, então, abrir o jazigo ao lado. A suspeita era de que os restos mortais do avô pudessem estar nesta outra cova e que apenas os números que identificam as lápides estivessem trocados. No local, no entanto, havia o caixão de uma mulher.
Enquanto isso, cerca de 80 familiares e amigos permaneciam com o corpo da idosa na sala de velório. A mulher morreu aos 79 anos, vítima de uma pneumonia, e deixou sete filhos.
“A pior parte é lá, quando você fica vendo o corpo parado e não sabe o que vai fazer”, declarou Souza. “Muito difícil. A gente tenta ficar com a família, com as que estão mais fracas, como minhas tias e minha mãe, e passa por isso.”
Em nota, o cemitério informou que identificou por meio de documentos que o corpo enterrado no jazigo da família deveria estar na sepultura ao lado. Os parentes serão informados para que possam reconhecer os restos mortais. Depois disso, o corpo da idosa será transferido para o local.
O cemitério de Taguatinga é o segundo maior do DF e tem 136 mil pessoas enterradas. A taxa de sepultamento é de R$ 40.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!