Município está preparado para atendimento e identificação da enfermidade nos animais e seres humanos.
Neste dia 10-08, A Prefeitura de Maracaju através da Secretaria Municipal de Saúde, informa nesta data em que se destaca o “Dia Nacional do Controle e Combate e Leishmaniose”, que o município está preparado para o atendimento a enfermidade tanto nos animais, quanto nos seres humanos.
Tal fato, ocorre justamente pela doença ser transmissível do animal para o ser humano, através da picada de insetos vetores infectados, geralmente, tais vetores são encontrados em locais sombreados, úmidos e ricos em matéria orgânica., por isso, reforça-se a importância da prevenção.
De acordo com o Secretário Municipal de Saúde Thiago Olegário Caminha, Maracaju está preparada para atender e identificar a doença, bem como, possibilita que o cidadão comum um formulário online para cadastro para exame em seu animal de estimação.
“Nossa equipe da Vigilância de Zoonoses, conta com profissionais altamente capacitados para realizar o atendimento de forma agendada e principalmente, discreta, preservando as famílias e possibilitando o tratamento adequado. Lembramos que a doença se trata de uma zoonose, ou seja, prejudica tanto o animal, quanto pode ser transmitida ao ser humano, por isso, todo cuidado é necessário.” Explicou o Secretário.
A transmissão da doença ocorre quando a fêmea do mosquito se alimenta de sangue de um animal infectado, em seu tubo digestivo o parasita se multiplica e se torna infectante. Ela, então, vai inocular essas formas infectantes de leishmania em outro animal, quando for novamente se alimentar.
Os animais infectados podem ser fonte de infecção para outros animais e para as pessoas também, os caninos geralmente são mais infectados.
Sobre a Leishmaniose
A leishmaniose visceral é uma zoonose grave causada por um protozoário (Leishmania infantum chagasi) que acomete pessoas e algumas espécies de mamíferos domésticos e silvestres. Pessoas imunossuprimidas, crianças e idosos são mais suscetíveis à essa doença, que, quando não tratada, pode levar à morte.
Sinais e sintomas
No ser humano:
Febre irregular de longa duração (mais de 7 dias).
Indisposição e fraqueza.
Falta de apetite, emagrecimento e palidez.
Crescimento da barriga devido ao inchaço do fígado e baço.
Diarréia e, em casos mais graves, sangramento na boca e intestino.
No cão:
Queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e orelhas.
Descamação/lesões de pele
Emagrecimento
Crescimento anormal das unhas
Secreção ocular/conjuntivite
ATENÇÃO: muitos cães infectados não apresentam sinais clínicos da doença.
A única forma de detectar a infecção nos cães, para identificação e confirmação, é por meio de exames laboratoriais específicos.
Leve seu cão ao veterinário regularmente.
Prevenção e controle
É importante evitar a criação e proliferação do inseto vetor da doença, que se reproduz no meio de matéria orgânica e em criadouros de animais.
Então:
• Não crie galinhas ou porcos. Esses locais são propícios para a multiplicação do mosquito palha.
• Recolha as folhas, frutos, troncos, raízes e fezes de animais.
• Mantenha sua casa e seu quintal sempre limpos.
• Realize a poda das árvores periodicamente para evitar locais úmidos e muito sombreado.
• Embale e guarde o lixo corretamente e bem fechado.
• Previna a contaminação dos cães: use coleiras repelentes com Deltametrina 4% e vacina contra a Leishmaniose canina. As coleiras devem ser trocadas conforme a recomendação do fabricante (em média a cada 4 meses). E a vacina deve ter reforço anualmente.
•Como medidas de proteção individual são recomendadas o uso de mosquiteiros e telas de portas e janelas com malha fina, uso de repelentes e a não exposição nos horários de atividade do vetor (entre o pôr do sol e o amanhecer).
• Manter o animal em ambientes telados com malha fina durante o período de maior atividade do inseto transmissor.
• Manter o abrigo dos animais sempre limpo, sem fezes ou restos de alimento.
• Adotar a posse responsável de cães e gatos, não permitindo que os mesmos fiquem soltos nas ruas.
Tratamento em cães:
O tratamento com medicamentos de uso exclusivo em cães foi autorizado, associado sempre ao uso contínuo de coleiras repelentes, segundo a Nota Técnica Conjunta n° 001/2016 MAPA/MS, assinada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento e pelo Ministério da Saúde.
O tratamento com Miltefosina é legalizado e reconhecido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), mas não se configura como medida de saúde pública. Trata-se, única e exclusivamente de uma escolha do proprietário do animal, de caráter individual.
É importante salientar que os cães tratados não são curados parasitologicamente, permanecendo como reservatórios do parasito, apesar da melhora clínica.
O tratamento não é oferecido pela prefeitura. Caso o tutor opte por tratar o animal, deverá levá-lo ao veterinário particular.
Tratamento no ser humano:
Apesar de grave, a Leishmaniose Visceral tem tratamento para humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de serviços de Sistema Único de Saúde (SUS).
Informações importante e solicitação de exame
A Secretaria Municipal de Saúde realiza, de forma gratuita, o atendimento dos casos suspeitos de leishmaniose visceral canina e o diagnóstico laboratorial na Unidade de Vigilância de Zoonoses localizada na Rua Rui Barbosa, nº 281, Vila do Prata.
A UVZ recebe chamados pelos telefones 3454-5041 e 67 98478-0041. São realizadas inspeções zoosanitárias nos locais identificados, com testagem inicial dos animais suspeitos e coleta de material para exame laboratorial confirmatório. Caso o resultado da análise confirmatória seja positivo, a equipe retorna ao endereço para prosseguir com as medidas preconizadas para controle da doença.
No momento da visita também são realizadas orientações quanto aos cuidados com relação ao ambiente e os riscos da doença.
Os procedimentos técnicos são realizados por médicos veterinários e profissionais treinados da Unidade de Vigilância de Zoonoses. Qualquer procedimento sugerido só ocorrerá mediante a concordância do responsável pelo animal.
Para solicitar exame de Leishmaniose Visceral Canina, Clique aqui.
Notificação por Médico Veterinário
Casos suspeitos ou confirmados de leishmaniose visceral canina precisam ser notificados à Secretaria Municipal de Saúde, via preenchimento de um formulário eletrônico. Trata-se de um formulário de preenchimento simples, para que médicos veterinários da cidade de Maracaju possam informar a ocorrência de casos através do site da Prefeitura de Maracaju.
Os dados são sigilosos e não serão divulgados!
Essa notificação é importante para que a Secretaria Municipal de Saúde possa ter conhecimento sobre as áreas com maior risco para a ocorrência de casos em humanos e animais, visando à adoção das medidas de controle pertinentes. Vale ressaltar que a Vigilância de Zoonoses não vai interferir na conduta clínica do médico veterinário, desde que ele siga a legislação vigente.
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