Uma ariranha foi flagrada "roubando" peixes de dentro de pequena embarcação no Pantanal. O mamífero, também conhecido como onça-d'água, aparece em um vídeo que circula pelo Facebook nadando no rio São Lourenço, na divisa dos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
As imagens foram publicadas por volta das 8h desta quarta-feira (23) e já foram visualizadas mais de 17 mil vezes, atingindo mais de 500 compartilhamentos nesta página do Facebook.
De acordo com o administrador da página, o agente de turismo Reginaldo Sucuri, o vídeo foi gravado por José Horácio, proprietário de uma pousada que fica próxima ao local do flagrante. Na ocasião, ele estava acompanhado da esposa.
Rapidinha - Durante cerca de um minuto a ariranha come pequenos peixes e, logo depois, deixa o barco. Ao se aproximar da embarcação, a mulher diz, aos risos, para a ariranha: "aqui, não, Nina! Aqui, não!". Segundo Reginaldo, o animal é velho conhecido do casal. Ambos se divertem com a cena e não interferem na ação do mamífero.
De acordo com o Projeto Lontra, que estuda esses animais no Pantanal sul-mato-grossense, as ariranhas são animais muito sociáveis entre si, pois vivem em comunidade. É por isso que não são raros os relatos desse tipo de comportamento delas, principalmente comendo peixes de pescadores.
Convivência - "Elas convivem com certa paz com pescadores. São comuns os relatos em que elas pegam peixes de pescadores, mas obviamente ninguém deve tentar uma aproximação com elas. Elas têm garras afiadas e dentes grandes", explica Gabriela Galastri, responsável pela área de comunicação do projeto.
Apesar disso, Gabriela considera que o animal não apresenta riscos e ataques podem acorrer somente se ela se sentir ameaça, comportamento que pode ser apresentado por qualquer animal silvestre.
"No caso da ariranha do vídeo, possivelmente ela já se sente confortável de ir no barco, por isso teve esse comportamento", considera.
Pesquisas desenvolvidas pelo Projeto Lontra no Rio Aquidauana mostram que existem muitas famílias desse mamífero próximas às áreas urbanas da cidade, e não existem relatos de problemas com as populações ribeirinhas. Elas moram em tocas feitas no barranco dos rios e, quando há filhotes, eles são cuidados pelos membros do grupo enquanto a fêmea vai até o rio para caçar peixes.
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