Segundo dados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), esses locais integram parte do conjunto histórico tombado de Corumbá.

Novo PAC prevê restauração de sete prédios históricos de Corumbá
Segundo dados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), esses locais integram parte do conjunto histórico tombado de Corumbá. / Foto: Reprodução/Iphan

Com novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Corumbá terá 7 prédios históricos restaurados, uma das melhorias que Mato Grosso do Sul alcançará no eixo de Infraestrutura Social Inclusiva. 

O novo PAC prevê as seguintes obras no município, em ação de restauração e requalificação de locais históricos, conforme divulgado no Mapa de Obras: 

Restauração:

-Prédio da Antiga Prefeitura
-Prédio do antigo Hotel Internacional
-Antigo Presídio - Casa do Artesão
-Casarão da Comissão Mista
-Casarão do ILA - Instituto Luiz de Albuquerque
-Igreja Nossa Senhora da Candelária
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Segundo dados do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), esses locais integram parte do conjunto histórico tombado de Corumbá. 

“O patrimônio tombado é o legado de uma época de grande prosperidade, quando a cidade testemunhou a construção dos seus belos casarões e sobrados em estilo europeu”, informa o Iphan. 

O conjunto foi construído durante o período do ecletismo e reúne mais de 200 edifícios preservados, edificados por construtores italianos e portugueses. 

A restauração desses espaços já era prevista e havia sido iniciada em 2013, com o lançamento do PAC Cidades Históricas. 

À época, para atender às cidades que possuíam bens tombados pelo Iphan, o PAC Cidades Históricas destinou R$ 1,6 bilhão para 425 obras de restauração de edifícios e espaços públicos, em 44 cidades de 20 estados brasileiros. 

Entretanto, muitas dessas obras não chegaram a ser concluídas. 

Além disso, em 2019, o Governo Federal, sob Jair Bolsonaro (PL), revogou o PAC, que havia sido criado em 2007, durante o Governo Lula (PT). Com o fim do programa, tornou-se inviável dar continuidade às restaurações. 

Mas, em 2023, com a troca de poder e o retorno de Lula ao governo, o PAC foi relançado, prometendo a retomada dessas obras e de muitas outras. 

Saiba mais
No site do Governo Federal, ainda não está especificado quanto será investido nas restaurações históricas em Corumbá.

O que se sabe é que Mato Grosso do Sul receberá o montante que chega a R$ 44,7 bilhões, superando previsões e expectativas. 

O anúncio do valor do Novo PAC foi realizado na manhã desta sexta-feira (11), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

O valor supera as previsões iniciais e inclui projetos como a conclusão da fábrica de fertilizantes de Três Lagoas, projeto estimado em R$ 5 bilhões, estudos para construção da Ferroeste (ligando Maracaju a Paranaguá), a revitalização da malha oeste (entre Corumbá em Três Lagoas) e estudos para relicitação da concessão da BR-163. 

Em escala nacional, o Novo PAC vai investir R$ 1,7 trilhão em todos os estados, sendo R$ 1,4 trilhão até 2026 e R$ 320,5 bilhões após 2026. 

Os investimentos do programa têm compromisso com a transição ecológica, com a neoindustrialização, com o crescimento do País e a geração de empregos de forma sustentável, informa o Governo Federal. Tombamento

Segundo o Iphan, o tombamento do conjunto histórico, arquitetônico e paisagístico de Corumbá, ocorreu em 1993.

Fundada para proteger o território ao sul de Mato Grosso, em 1778, a cidade teve, inicialmente, a função de um posto avançado para abastecer o Presídio de Coimbra e o Forte do Príncipe da Beira, sendo também considerada um centro de influência na zona de fronteira entre o Pantanal (Brasil) e a região do Chaco (Bolívia e Paraguai).

Situada em uma região de rara beleza, no pantanal sul-matogrossense e à margem do rio Paraguai, Corumbá é também conhecida como a “Capital do Pantanal” e “Cidade Branca”, devido à cor de suas terras, ricas em calcário. 

Antigo Mercadão e Requalificação da Praça Uruguai
Requalificação: Praça Uruguai