ONG brasileira aposta na força da internet para mudar a vida de portadores de deficiências
Com 8 anos, Kauã espera poder andar novamente com ajuda das doações de internautas / Foto: Divulgação

Prestes a completar o primeiro ano de trabalho, a organização não-governamental UHelp tem muito a comemorar. Fundada e dirigida por Vanessa Dias, a ONG utiliza como catalizadores a internet e as redes sociais para ajudar na realização de sonhos, promovendo melhorias na qualidade de vida e fortalecendo a inserção social de pessoas com deficiência.

"Um dos meus objetivos era promover atendimentos com resultados imediatos e, por isso, a UHelp foi criada para unir quem quer ajudar e quem precisa de ajuda", declarou Vanessa, que teve a ideia para criação da Uhelp após trabalhar na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

A UHelp é a primeira organização não governamental pela qual o usuário de internet pode doar diretamente para um caso específico. Por meio de um cadastro no site, você pode doar dinheiro para ajudar os cases apresentados, ou apenas votar em uma ou mais histórias, distribuindo os recursos já existentes.

A prestação de contas é feita de forma transparente no próprio site e pode ser acompanhada online pelos cadastrados, assim que a UHelp iniciar o atendimento de seus beneficiários. Os cases são pré-selecionados pela instituição por um processo detalhado, que inclui visita domiciliar de assistente social e avaliação multiprofissional para construir um planejamento e verificar quais resultados podem ser alcançados.

Além disso, a ONG disponibiliza 20% da soma do total da meta financeira de atendimento de cada história, para complementar as doações realizadas pelos usuários do site e principalmente estimular aqueles que não possam doar a participar por meio de votação. "Quando a história não atinge a sua meta financeira no ciclo em ação, a mesma permanece em captação no ciclo seguinte, levando consigo as doações recebidas", complementa Vanessa.

Para garantir que o recurso financeiro seja utilizado adequadamente e que os profissionais envolvidos no atendimento da história sejam remunerados, a UHelp nunca faz o pagamento em dinheiro para os beneficiários, mas sim diretamente com os serviços necessários.

No ciclo atual, dois casos já estão em atendimento, enquanto outros três esperam a votação para decidir a porcentagem do recurso financeiro arrecadado pela Uhelp para completar a meta de cada história. Um desses casos é o do garoto Kauã Henrique Ribeiro, que após sofrer amputações depois de uma meningite, espera poder voltar a ficar de pé e tentar andar novamente com a ajuda das doações de internautas.