Grupo prometia lucros milionários
O STF (Supremo Tribunal Federal) negou, pela terceira vez, pedido de habeas corpus de Celso Eder Araújo, preso desde o dia 21 de novembro de 2017 durante a Operação Ouro de Ofir da Polícia Federal. A decisão foi do Ministro Ricardo Lewandowski.
Documento contento a negativa do STF foi feito no dia 10 de abril, última terça-feira, e publicado nos processos do supremo na sexta-feira (13).
Na decisão, Lewandowski cita argumentos para manter Celso Eder preso, inclusive que ele coloca em risco a ordem pública e que responde por processos em outra cidade do país.
“Isso demonstra, também, a periculosidade do grupo sob investigação, tudo a exigir do Poder Judiciário providências no sentido de interromper tais atividades, pois a atuação de qualquer grupo organizado para a prática de crimes atenta contra a ordem pública”, diz trecho.
Por fim, o ministro define que o investigado, integrante de grupo que aplicou golpe em mais de 25 mil pessoas, continuará preso.
Tornozeleira Eletrônica
No dia 19 de fevereiro, Celso teve liberdade concedida junto ao tio Anderson Flores de Araújo, após decisão da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, que autorizou a soltura dos investigados sob o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, no dia seguinte, o desembargador e relator do processo da Operação Ouro de Ofir Luiz Cláudio Bonassini revogou a liberdade e ambos voltaram a serem presos.
No mesmo dia a revogação, Celso e Anderson retornaram ao presídio. Em parecer emitido no final de janeiro, o relator havia afirmado que o fato de Anderson ser idoso e doente não configurava concessão da tutela de urgência, “de maneira que o pedido confunde-se com o mérito da impetração, exigindo análise mais cautelosa, a ser realizada pelo órgão colegiado após prestadas as informações necessárias. Rememora-se que no sistema carcerário local há inúmeros internos com problemas de saúde semelhantes, e até mais graves, recebendo, até onde se pode apurar, atendimento adequado, inclusive, em sendo necessário, pronto deslocamento a hospitais”.
O terceiro investigado pela PF, Sidinei dos Anjos Peró, teve pedido de liberdade negada pela desembargadora.
O golpe
Os investigados, segundo a PF, supostamente induziam vítimas a investir dinheiro oferecendo em troca quantias milionárias. A promessa envolvia de mina de ouro qda época do império a documentos falsos do Banco Central.
Já a segunda forma era apresentar para os investidores que pessoas ‘importantes’ participavam e estavam lucrando com os investimentos. Eles afirmavam que tinham investidores como juiz e consul honorário da Guiné.
Para atrair as vítimas, os integrantes afirmavam que uma família de Campo Grande era dona de uma mina de ouro da época do império, que tinha sido vendida para os Estados Unidos e para a Europa, e que a família tinha 40% de direitos sobre a mina vendida.
Sendo que parte do dinheiro recebido teria de ser repassado para terceiros, momento em que eram vendidas cotas para os investidores, que aplicavam R$ 1 mil com promessas de receber R$ 1 milhão. A organização criminosa também usava das declarações do imposto de renda para mostrar para os investidores que estariam enriquecendo, com o dinheiro investido no grupo.
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