Está com falta de atividade sanguínea no cérebro, conforme a assessoria de imprensa do Hospital Universitário (HU), em Campo Grande, o paciente de 38 anos diagnosticado com raiva humana. Nesta segunda-feira (11), o homem passa por outros exames que devem ter os resultados divulgados ainda esta semana.

A assessoria do HU ainda disse que a morte cerebral não foi relatada. O médico infectologista responsável pelo tratamento do paciente, Dr Maurício Pompilio, disse que também foi visualizado um edema cerebral diagnosticado neste domingo (10).

Além disso, o homem teve várias complicações, inclusive renais e, há uma semana, a equipe médica reduziu a sedação do paciente, mas ele não voltou do coma.

Apesar das complicações de saúde do paciente, foi constatada diminuição do vírus da raiva, o que, de acordo com Pompílio, pode auxiliar no tratamento de novos casos da doença.

Entenda o caso

Conforme a assessoria do hospital, o homem morava em Corumbá, a 415 km de Campo Grande, e contraiu a doença depois de ser mordido por um cachorro. Ele foi transferido para a capital sul-mato-grossense no dia 18 de abril com sintomas da raiva humana, que foi confirmada por exames.

O paciente recebe tratamento experimental contra a doença. A terapia salvou a vida de um adolescente em 2008 no estado de Pernambuco. Ainda segundo o boletim médico, durante a internação o paciente teve alteração renal e pressão baixa, que foram controladas com medicação.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o último caso de raiva humana em Mato Grosso do Sul foi registrado em 1994.