Relação de jovens pais e mães brasileiros com a inteligência virtual foi mapeada pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos.
Brasileiros que tiveram filhos a partir de 2010 querem um tratamento diferente daquele que seus pais e avôs receberam na velhice. E seria um tratamento, claro, mais tecnológico.
Um estudo constatou que esses jovens gostariam de ter plataformas de inteligência artificial ao seu lado quando idosos. A escolha é a primeira opção deles, em vez da ajuda dos filhos. Eles afirmam que esses sistemas podem fazer com que sejam mais independentes.
As conclusões fazem parte da pesquisa "Geração AI”, feita pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) para mensurar a relação entre jovens pais e ferramentas de inteligência artificial. Entre 13 e 15 de junho de 2017, a organização ouviu 600 pais e mães de pelo menos uma criança de até sete anos e que tivessem idades entre 20 e 36 anos.
Quando a pergunta foi "Preferem ajuda de Inteligência Artificial ou dos filhos ao se tornarem idosos?", 63% optaram pela primeira opção e 37% escolheram a segunda.
Se Siri e Assistente Google, os assistentes pessoais de Apple e Google, são exemplos mais conhecidos de inteligências artificiais, há também robôs que entendem humanos e foram criados para atender necessidades que surgem com a terceira idade.
É o caso do Paro, que acompanha idosos com diferentes graus de demência. Já na linha dos robôs companheiros entram o Kirobo, da Toyota, o Pepper e o Romeo, ambos da SoftBank Robotics.
A confiança desses pais na tecnologia se estende à saúde dos filhos. A cada cinco entrevistados, dois disseram não ver problema em confiar em robôs para diagnosticar e tratar seus filhos doentes.
O mesmo vale para segurança. Quando as crias estão ao volante, 31% ficam nervosos. Se o veículo for autônomo, daqueles que se dirigem sozinhos, são 25% os preocupados. Juntas, as duas situações fazem 44% dos entrevistados perderem o sono.
Você deixaria seu filho com um robô-babá?
Esses pais não só ficariam mais confortáveis com robôs tomando decisões por seus filhos, como topariam trocar por máquinas alguns seres vivos que interagem com eles. Dos entrevistados, 40% disseram que admitiriam um “robô-babá”. O estudo mostra que 74% dos pais aceitariam um tutor baseado em inteligência artificial para os filhos.
Você acha graça em ter um animal de estimação robótico?
E 48% aceitariam mandar o cachorro embora e adotar um “animal de estimação robótico” –as mães são mais receosas, já que só 42% diriam “sim”, enquanto a maioria dos pais (55%) faria a troca. A Hasbro já explora esse filão. Fabricante de pets robóticos em forma de gato e cachorro, a norte-americana faturou US$ 68,6 milhões no primeiro trimestre de 2017.
Para esses pais, a tecnologia é algo tão presente em suas vidas e na de seus filhos que três quartos deles dizem que encorajarão os herdeiros a trilhar uma carreira em engenharia.
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