Divisões no próprio MDB e redução de palanques nos estados pelo PSDB podem naufragar a campanha que nem começou.
A campanha da pré-candidata Simone Tebet (MDB-MS) nem começou, mas para sair dos 2% nas intenções de votos em pesquisas, a senadora terá uma missão árdua para convencer eleitores e até os partidos aliados. O MDB mesmo está abarrotado de divisões e o PSDB tende a apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) em alguns estados.
Em Mato Grosso do Sul, o ninho tucano já fechou apoio com Bolsonaro, e até mesmo o MDB, através do presidente estadual Junior Mochi, disse ao Papo Reto, do TopMídiaNews, que os pré-candidatos estão liberados a poiar quem quiser para presidente, por contas da polarização entre Bolsonaro e Lula.
Conforme o Estadão, o cenário nas pesquisas eleitorais, até aqui, não tem sido o mais animador. E, apesar da ampla expectativa gerada com a consolidação da chamada “terceira via”, a senadora tem marcado entre 1% e 3% das intenções de voto nos levantamentos.
Simone precisará de uma estratégia no mínimo arrebatadora para conseguir furar a disputa entre Lula e Bolsonaro.
Obstáculos
Entre os obstáculos, Tebet terá de pacificar as brigas internas no próprio partido, e convencer o PSDB a dar palanques regionais, o que pode naufragar a futura campanha.
Ela mesmo admite essa dificuldade em entrevista exclusiva ao podcast do Estadão.
“Isso faz parte do processo eleitoral, nós temos que entender. Até porque um partido não tem como objetivo principal somente eleger um presidente da República, também quer fazer uma maior bancada de senadores, deputados federais e também de governadores e de deputados estaduais.”
Pontos favoráveis
A seu favor, Tebet pode contar com apoio na sociedade de parte dos setores empresarial, acadêmico e intelectual. Nomes importantes deste segmento já manifestaram apoio público a sua candidatura. O fato de ser a única mulher entre os candidatos também pode significar um trunfo no convencimento da população que vota.
* O levantamento foi realizado pelo Estadão. Para desenhar o mapa eleitoral dos Estados, o Estadão Dados se baseou na média de todas as pesquisas nacionais recentes que informam como está a distribuição das intenções de voto em cada região do País. O cálculo da média é importante porque há muitas variações nos resultados regionais. Isso se explica em parte pelo fato de a margem de erro em cada região ser bem maior do que a nacional, já que a amostra de eleitores é menor.
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