
Os familiares de Cristofer Souza de Moura, de 6 anos, cobram justiça pela morte do menino. Ele morreu após ser baleado acidentalmente por um colega, de 12, enquanto brincavam de polícia e ladrão na comunidade do Barata, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Cristofer foi atingido na cabeça por uma bala de uma espingarda, na manhã de quarta-feira. A arma pertencia ao padrasto do coleguinha de Cristofer.
Uma prima da vítima, que cuidava do menino há cerca de dois meses, contou que saiu para trabalhar e deixou o garoto com sua filha, de 17 anos. Segundo Márcia Rodrigues Vieira, de 36, Cristofer, então, foi até a casa de um vizinho brincar, quando foi atingido. Ele foi encontrado caído no banheiro da residência.
— O padrasto do menino alegou que achou a espingarda no mato. É mentira. Ele tem essa arma tem há um tempão e vive ameaçando as pessoas com ela — acusou Márcia.
Ainda segundo a prima da vítima, o garoto que disparou contra Cristofer costumava caçar com o padrasto.
O garoto chegou a ser levado para a UPA do Jardim Novo, também em Realengo, mas logo foi transferido para o Hospital Pedro II, onde chegou morto. Abalado, o pai de Cristofer cobra da polícia uma resposta imediata. O pedreiro Baltazar Cristian Silva de Moura pede a prisão do padrasto do colega de seu filho.
— Ele tem que ir para a cadeia. Meu filho está aí morto. Não pode ficar assim - disse Baltazar.
Apesar de já ter 6 anos, Cristofer não tinha certidão de nascimento, nem frequentava escola. Segundo os parentes, ele foi abandonado pela mãe há cerca de dois meses, quando passou a morar com o pai e a prima. O enterro do garoto será às 16h30 desta sexta-feira, no cemitério do Murundu, em Realengo. O corpo demorou a ser liberado do IML de Campo Grande, devido a falta da documentação necessária.
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