Pastor é casado e confessou ter brigado com a vítima no local.

Pastor é preso após mulher trans baiana ser encontrada morta em quarto de motel em Santos
Pastor é casado e confessou ter brigado com a vítima no local. / Foto: Redes Sociais

Um pastor e engenheiro, de 45 anos, foi detido em flagrante sob suspeita de estar ligado ao assassinato de Luane Costa da Silva, uma mulher trans da Bahia, de 27 anos, cujo corpo foi encontrado em um quarto de motel em Santos, no litoral paulista. As informações são do G1.

Durante depoimento à Polícia Civil, o homem afirmou ter discutido com a vítima no local. O corpo de Luane foi descoberto em um motel localizado na Avenida Rangel Pestana, na Vila Mathias, e foi enviado para uma unidade do Instituto Médico Legal (IML) da área.

De acordo com a Polícia Civil, a causa do falecimento será determinada por meio do laudo de necropsia. No depoimento, o pastor relatou aos investigadores que estava dirigindo pela Avenida Senador Feijó, em Santos (SP), quando a mulher se aproximou e propôs um programa por R$ 100. O acordo foi rompido dentro do quarto do motel, conforme o homem, após ele perceber que Luane era uma mulher trans.

Diante da negativa, a vítima se sentiu envergonhada e solicitou mais uma transferência de R$ 100 via PIX, conforme o depoimento. O pastor declarou ter realizado o novo envio para evitar que Luane causasse um "alvoroço" e chamasse a polícia.

O homem informou às autoridades que é pastor em uma congregação na cidade, além de ser casado com outra mulher há 25 anos e pai de três filhos. Por essa razão, ele temia que a esposa descobrisse a infidelidade.

Conforme o relato, Luane segurou a chave do quarto e pediu mais dinheiro a ele. Segundo o pastor, a mulher pegou um taser e, em seguida, eles entraram em uma briga. O suspeito afirmou ter caído no chão sobre Luane e, ao notar que ela estava com o "braço mole", conseguiu pegar a chave do quarto e o taser, deixando o local e retornando para casa.

Ainda segundo o relato, o indivíduo retornou ao motel para procurar o celular que havia deixado para trás. Ao entrar no quarto, no entanto, deparou-se com um colaborador do local conversando pelo dispositivo com a esposa dele. O acusado afirmou que pegou o celular e saiu do motel. A arma elétrica, segundo suas palavras, foi descartada em um canal na cidade.