Agulhão-negro foi localizado em praia de Itanhaém (SP) e recolhido por pesquisadores do Instituto Biopesca. É o primeiro da espécie localizado em praias da Baixada Santista.
Um agulhão-negro (Makaira nigricans) de 3,6 metros de comprimento e 202 kg foi encontrado sem vida na faixa de areia de Itanhaém, no litoral de São Paulo.
O peixe, cujo aparecimento na costa é considerado raro por especialistas, foi recolhido e submetido à análise para determinar as causas da morte.
O peixe foi localizado durante o monitoramento feito em praias do litoral sul por equipes do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
Uma vez encontrado já sem vida, o peixe foi recolhido e levado à Unidade de Estabilização do Instituto Biopesca, em Praia Grande.
O instituto informou que o professor e biólogo Teodoro Vaske Junior, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), considerou "rara" a ocorrência.
Ainda de segundo ele, trata-se do primeiro animal da espécie encontrado encalhado em uma praia da região.
“É uma espécie oceânica de águas quentes, e que tem um bico mais curto do que as demais espécies de agulhões”, explicou ao instituto. O agulhão-negro alimenta-se de outros peixes e lulas e pode passar dos 600 kg. Ainda não se pode definir o que o fez chegar à praia.
Junto com equipes de biólogos do instituto, o animal foi avaliado e teve amostrar recolhidas, que serão analisadas para identificar a causa da morte. De acordo com o biólogo Márcio Ohkawara, do Biopesca, nestes casos, é preciso cautela e evitar o consumo de peixes encontrados neste estado.
“Assim como a maioria dos peixes oceânicos, ele também está no radar de pesca predatória, e oferece riscos a quem o consome, principalmente em caso de encalhe, já que não se pode saber o que levou o animal à morte”.
Projeto
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
A iniciativa tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
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