O tamanho do pênis sempre foi alvo de grande interesse e debate entre muitas pessoas, sejam homens ou mulheres. O tamanho do pênis historicamente tem sido associado à masculinidade, de maneira que a simples possibilidade de haver uma diminuição do tamanho, causada por alguma doença, gera um enorme sofrimento para a família, em se tratando de criança, ou para o homem já entrando na adolescência.
Existem vários estudos em diversos países a cerca do tamanho normal do pênis. Estes estudos apresentam algumas variações o que torna difícil a comparação. Estudo recente publicado em janeiro de 2014 na Revista de Medicina Sexual (Journal of Sexual Medicine) realizado com 1661 homens mostrou que a média do tamanho do pênis ereto foi de 14,1 centímetros enquanto do diâmetro foi de 12,2 cm.
O tamanho não tem relação direta com a função. De maneira que pequenas variações do tamanho não causam nenhum prejuízo para função miccional ou sexual. Por outro lado encurtamentos associados a qualquer disfunção sexual seja dor, perda de ereção ou tortuosidade, deverão ser comunicados ao médico.
A ideia de que quanto maior o tamanho do pênis maior é a masculinidade ou a capacidade de proporcionar satisfação para a mulher é totalmente errônea. É importante lembrar que a região de maior sensibilidade da vagina é a porção proximal, sendo alcançada facilmente durante a relação sexual, não necessitando de penetração profunda. Durante a relação sexual, a vagina aumenta seu comprimento rapidamente após a inserção inicial de cerca de 10 para 14 cm, havendo uma total compatibilidade com a média do pênis ereto.
O principal problema decorrente do pênis com tamanho reduzido é o impacto psicológico negativo com redução da confiança e gerando ansiedade o que leva a uma baixa autoestima o que pode afetar diretamente o relacionamento e o desempenho sexual do homem. Esses casos devem receber orientação precoce e especializada.
Quando o pênis pequeno é um problema de saúde?
Existem algumas situações na qual pode haver uma redução do tamanho do pênis. A doença de Peyronie é uma doença adquirida que afeta a túnica albugínea causando dor, disfunção sexual, disfunção erétil, curvatura no pênis e consequentemente encurtamento.
Outras condições adquiridas que podem causar encurtamento do pênis é a obesidade, muito comum no envelhecimento, principalmente quando leva a um acúmulo de gordura na região pré-púbica, o que, de certa forma, embute a haste peniana. Algumas cirurgias para correção de estreitamentos de uretra e após cirurgia para retirada de câncer de próstata (prostatectomia radical) também podem causar encurtamento do pênis.
Os distúrbios que cursam com redução do tamanho do pênis felizmente não são frequentes. As situações que merecem atenção são os micropênis. Problema que afeta, aproximadamente, um em cada 200 homens possui um micropênis, cujo comprimento quando esticado flácido não é mais do que 2,5 centímetros, desvios padrão abaixo do tamanho médio para a faixa etária, porém funcionante. As principais causas de micropênis são problemas hormonais como defeitos do hipotálamo, deficiências de gonadotrofinas e hormônios do crescimento, insensibilidade a andrógenos e síndromes genéticas.
Por sorte, o micropênis é facilmente identificado pelos pais na infância. Neste momento, o pediatra é o primeiro médico que deve ser comunicado. A partir daí iniciará uma investigação que poderá se estender a outros profissionais da área médica, como por exemplo, endocrinologistas, psicólogos e urologistas, dependendo da complexidade do caso.
Todos os hormônios que interferem no ciclo androgênico podem influenciar no tamanho e no desempenho sexual do homem. Os anabolizantes são hormônios sintéticos esteroides androgênicos que imitam o hormônio testosterona. Eles têm dois efeitos básicos: o efeito androgênico que ativa as características masculinas como mudança da voz, aumento do pênis e crescimento de pelos; e o efeito anabólico que atua no controle de gordura, aumenta de massa muscular e força.
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