A região norte está com o plantio mais avançado, com média de 26,9%, enquanto a região sul está com 23,6% e a região centro com 13,5% de média.
O plantio da soja avança em Mato Grosso do Sul e até a data de 20 de outubro – portanto fechadas as três primeiras semanas do mês – o Estado já contabilizava 934 mil hectares cultivadas com a oleaginosa, em média 21,9% do total previsto. Os números são do Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), que acabam de ser divulgados pelo Boletim Casa Rural, produzido pelo Sistema Famasul.
A área de soja no Estado ainda está em constante crescimento, a estimativa é que a safra seja 6,5% maior em relação ao ciclo passado (2022/2023), atingindo a área de 4,265 milhões de hectares. A produtividade estimada é de 54 sc/ha, gerando a expectativa de produção de 13,818 milhões de toneladas. No ciclo anterior a produção chegou a 15 milhões de toneladas.
A região norte está com o plantio mais avançado, com média de 26,9%, enquanto a região sul está com 23,6% e a região centro com 13,5% de média. Segundo o boletim, a porcentagem de área plantada na safra 2023/2024 encontra-se superior em aproximadamente 0,10 pontos percentuais em relação à safra 2022/2023, para a data 20 de outubro.
Cuidados com o calor
Em nota publicada no final de setembro pela Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja), o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Danilton Flumignan, reafirma que as condições do solo para a semeadura são muito influenciadas pelo tempo. Por isso, normalmente o melhor momento se dá com a presença de chuvas intermitentes e temperaturas amenas.
“O solo muito seco prejudica a germinação, enquanto o excesso de umidade atrapalha a operação no campo, além de que o trabalho com máquinas nesta condição compacta o solo. O ideal é ele estar em condição friável, pois nela a umidade é considerada adequada para a germinação das sementes e crescimento inicial das plântulas”, explica.
Os produtores que optarem pela semeadura durante os dias de altas temperaturas, precisam estar atentos à viabilidade da operação, já que as condições extremas podem reduzir a capacidade de germinação ou comprometer a emergência e o desenvolvimento da cultura.
“A falta de umidade no solo na camada onde é feita a semeadura da soja (de 2 a 5 cm), associada a alta incidência de radiação solar, alta temperatura do ar e baixa umidade relativa do ar, acentua o processo de secamento e provoca o superaquecimento do solo. A superfície é justamente a camada que se torna mais seca e quente no decorrer deste processo.”, conclui Flumingnan.
Mercado
O preço médio da saca de soja no período de 16 a 23 de outubro foi de R$ 125,06. Ao comparar com igual período de 2022, houve queda nominal de 27,15%, quando a oleaginosa havia sido cotada, em média, a R$ 171,68 a saca. De acordo com as cotações disponíveis no site da Granos Corretora, as maiores desvalorizações no período, ocorreram nos municípios de Sidrolândia, Campo Grande e Chapadão do Sul, com desvalorização na ordem de 2,64%, 2,32% e 2,16%.
Segundo levantamento realizado pela Granos e divulgada pelo boletim Casa Rural, até 16 de outubro de 2023, o MS já havia comercializado 80,11% da safra 2022/23, atraso de 9,01 pontos percentuais quando comparado a igual período de 2022 para a safra 2021/22.
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