O 3º Batalhão de Polícia Militar prosseguiu ontem com a varredura na Reserva Indígena de Dourados. Homens do Grupo Especializado Tático Motorizado (Getam) atuaram no período da tarde e, à noite, a Força Tática também vasculhou a Reserva Indígena. A ação foi acompanhada por lideranças das Aldeias Bororó e Jaguapiru.
Durante abordagens, a PM verificou documentações pessoais e de veículos, orientou pedestres e condutores. Uma motocicleta foi apreendida. Segundo o tenente PM Diniz, a Honda CG Titan com placas de Itaporã, furtada em Dourados, estava com um adolescente de 17 anos. O rapaz contou aos policiais que o pai havia comprado o veículo de uma pessoa não identificada, na Aldeia Bororó. A polícia vai abrir inquérito para apurar o caso.
Quase uma centena de indígenas e não indígenas que moram na Reserva de Dourados foram abordados, revistados, bem como os respectivos veículos. A maioria foi orientada e liberada, pela Polícia Militar que prossegue com as rondas nas aldeias.
Segundo disse ao jornal Douradosagora, o comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar de Dourados, Tenente-Coronel Carlos Silva, a PM deu um prazo de um mês, a contar de ontem, para que todos os proprietários de veículos estejam dentro da lei. No dia 15 de outubro, a ordem é apreender.
A repressão ao comércio de bebidas alcoólicas na Reserva foi reforçada e, para isso, Carlos Silva solicitou apoio de todos. "Temos enfrentando uma batalha contra o álcool e outras drogas que vêm fazendo vítimas, inclusive, crianças de pouca idade, que se alcoolizam dentro de casa", disse o comandante da PM, ao jornal Douradosagora.
"Vai ser tolerância zero", avisa Carlos Silva que ontem, durante reunião com a comunidade indígena, na Vila Olímpica, orientou as famílias a cuidados básicos de segurança. Conforme noticiado pelo Douradosagora, Carlos Silva também anunciou a implementação da Polícia Comunitária Indígena que será possível a partir da formação de uma jovem que está concluindo o curso fora daqui.
A PM anuncia, ainda, a implantação de programa, nas aldeias, para atender vítimas de violência doméstica com visitas periódicas da guarnição para reprimir novos casos. Para 2016, escolas da Reserva Indígena de Dourados terão o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd).
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