Comandante-geral da corporação quer que texto ajude policiais militares a melhorar atendimento em casos de violência de gênero
Com a repercussão nacional ganha com o assassinato da musicista Mayara Amaral, 27 anos, ocorrido no final de julho, a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul vai montar comissão interna para elaborar uma cartilha buscando orientar a corporação a identificar e melhor atender casos de violência contra as mulheres no estado.
A decisão foi anunciada na edição da última quinta-feira (10) do Diário Oficial do Estado, pelo comandante-geral da PM, coronel Waldir Ribeiro Acosta.
Segundo o Campo Grande News apurou, o objetivo será o de atualizar os policiais militares no que diz respeito ao atendimento às mulheres e a identificação da tipificação da violência de gênero, incluindo a tipificação de assassinatos com feminicídio.
A medida vem após a polêmica gerada no caso de Mayara, em que entidades de defesa das mulheres cobraram a Polícia Civil pelo não registro da morte da musicista como feminicídio, mas sim como latrocínio (morte em assalto).
O comando-geral da PM quer que os policiais tenham conhecimento para identificar, de imediato, a tipificação de crimes contra as mulheres e oferecer um atendimento mais adequado e preparado.
De acordo com o texto do Diário Oficial, o prazo para a elaboração da apostila será de 60 dias. Quatro oficiais da PM integrarão a comissão, sendo obrigatoriamente duas mulheres.
É a segunda comissão criada internamente na PM neste mês para regulamentar a atuação de policiais nas ruas.
Na última semana, coronel Acosta já havia pedido a formação de uma comissão para elaborar normas e métodos de atuação da corporação em todo o Estado.
O objetivo, segundo Acosta, é padronizar a conduta da PM, obrigando métodos de atuação semelhantes em todos os lugares.
Goiás, São Paulo e Minas Gerais são alguns dos estados que já adotam a padronização de conduta e método de trabalho e serviram de modelo para o formato que deve ser implantado em Mato Grosso do Sul.
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