Ministério Público de São Paulo anunciou a abertura de uma investigação para apurar a suspeita de que mortos na Operação Verão estariam sendo levados como vivos para hospitais.

‘Pode ir na ONU ou na Liga da Justiça, não estou nem aí’, diz Tarcísio sobre denúncias de abusos da polícia
Tarcísio de Freitas elogiou atuação da Polícia Militar em operação na Baixada Santista. / Foto: Mônica Andrade/Governo do Estado de São Paulo

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) manifestou nesta sexta-feira (8) sua indiferença em relação às denúncias de abusos ocorridos durante a Operação Verão da Polícia Militar no litoral de São Paulo. “Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. O pessoal pode ir à ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não estou nem aí”, afirmou o governador, em entrevista coletiva. A Conectas Direitos Humanos e a Comissão Arns apresentaram uma queixa ao Conselho de Direitos Humanos da ONU pela escalada da violência policial na Baixada Santista. O Gaesp (Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial), do Ministério Público de São Paulo, também anunciou a abertura de uma investigação para apurar denúncias de que mortos na operação estariam sendo levados como vivos para hospitais, conforme revelado pelo G1.

O governador negou ter recebido as denúncias de irregularidades e defendeu o trabalho dos policiais, ressaltando o “profissionalismo” dos agentes de segurança e o enfrentamento aos criminosos para proteger a sociedade. Até o dia 1º de março, a Operação Verão resultou em 39 mortes na Baixada Santista, tornando-se a segunda ação mais letal da história de São Paulo, superando até mesmo a Operação Escudo, realizada na mesma região. Essas operações foram desencadeadas em resposta a ataques que vitimaram policiais em serviço.