A Polícia Civil pediu, na manhã desta quarta-feira (19), em Paranaíba, distante 398 quilômetros de Campo Grande, a prisão do homem suspeito de um atentado contra um soldado do Corpo de Bombeiros, de 26 anos. Ao G1, o delegado Francisco Moreira, disse que a medida cautelar será encaminhada ao Ministério Público Estadual (MPE-MS).

"Estamos realizando uma última diligência e o pedido será encaminhado ainda hoje ao Ministério Público. E as investigações sobre o autor seguem sobre sigilo, devido a complexidade da situação", afirmou o delegado, que conta com o apoio da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras).

Segundo outros bombeiros que trabalhavam com a vítima e preferem não se identificar, o jovem realizava o seu último plantão no município. Ele pediu inúmeras vezes para ser transferido para Campo Grande e se apresentaria para o serviço nesta quarta (19).

Já na cidade, um cabo do Corpo de bombeiros, de 38 anos, havia recentemente feito um boletim de ocorrência, logo após receber uma ameaça. O cabo afirmou ter recebido uma ligação de um homem de 32 anos, sendo ameaçado de morte por ele.

O motivo seria porque o bombeiro teria ligado algumas vezes para a esposa do suspeito. E conforme o registro policial, esta não seria a primeira ameaça do homem. Desde então, a polícia tenta fazer "conexões" entre o suspeito da tentativa de homicídio com a mesma pessoa quem fez as ameaças.

Entenda o caso
A vítima foi transferida para Santa Casa, em Campo Grande, na noite de segunda-feira (17). Segundo a assessoria de imprensa do hospital, ele já realizou cirurgia e está na enfermaria da unidade hospitalar, ainda sem previsão de alta médica.

Segundo a Polícia Civil, o bombeiro estava na frente da escola Major Francisco Dias, realizando um atendimento em Paranaíba, a 398 km da capital sul-mato-grossense, quando foi alvejado por cinco tiros. Na ocasião, atendia uma ocorrência e estaria colocando uma vítima dentro da viatura, sendo que um sexto disparo atingiu o veículo.

Ao G1, a irmã da vítima disse que o irmão está bem. "Não foi nada demais. Graças a Deus ele está bem. O Major que está com ele ainda não me ligou, mas sei que ele está consciente e orientado", contou.

Fabiana disse que o irmão é muito querido por todos e que não faz ideia de quem poderia ter cometido o atentado. "Ele é estudioso, inteligente, super esforçado, concursado, faz inglês e natação. Não sei quem faria isso. Todos gostam muito dele", ressaltou.