Polícia de Três Lagoas investiga casal suspeito de vender filha de 1 ano

A Polícia Civil de Três Lagoas, distante 338 quilômetros de Campo Grande, investiga um casal suspeito de ter vendido a filha de pouco mais de um ano. Os suspeitos chegaram na cidade nessa quinta-feira (18). Até esta sexta-feira (19), prestaram dois depoimentos e foram liberados por falta de provas.

Segundo o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil do município, Paulo Rosseto, a denúncia sobre a possível venda do bebê foi feita pelo Centro de Referência Especializado à População em Situação de Rua, em São José do Rio Preto, onde o casal estava antes de seguir para Três Lagoas.

"Havia a informação de que eles tinham uma filha de pouco mais de um ano. Ao serem questionados sobre a criança apresentaram várias versões do paradeiro da menina, o que levantou a desconfiança de que ela foi vendida", explica.

Ao buscar abrigo em Três Lagoas, na tarde de ontem, o Centro de Referência Especializado à População em Situação de Rua de São José do Rio Preto informou sobre a suspeita e a Polícia Civil foi acionada para investigar o caso. "Receberam a informação sobre a possibilidade do crime, informaram a Polícia Civil e começamos as oitivas", relata.

De acordo com o delegado, nos depoimentos à polícia o casal apresentou várias versões sobre o paradeiro da filha. "Tem muitas contradições. Falam que a criança está na casa de parentes em São Paulo, depois dizem que ela está Guarulhos e depois em Taubaté. Eles são moradores de rua e alegam que por conta disso não sabem informar o endereço de onde a filha está. Afirmam ainda que foram furtados e perderam o documento onde estava marcado o telefone dos parentes que estariam com a menina".

Depois de prestar depoimento nesta sexta-feira, o casal foi liberado. Até o momento a criança não foi localizada e o caso ainda está sob investigação. "Estamos investigando. Precisamos localizar a menina. Até agora ainda não conseguimos o contato de nenhum parente para confirmar a versão de que ela está sob o cuidado de familiares e por conta das inconsistências nos depoimentos não podemos descartar a hipótese de que o casal tenha vendido a filha", frisa.