Segundo o comandante do 4ª Batalhão da PM em Ponta Porã, tenente-coronel Edson Guardiano, ele, pessoalmente, comandou as negociações que resultaram no retorno de boa parte dos indígenas.
Os indígenas do Território Cerro Marangatu, em Antônio João, cidade localizada na região de fronteira com o Paraguai, entraram num acordo com a Polícia Militar para apaziguar os ânimos acirrados desde esta quinta-feira, dia 12 de setembro, quando dois indígenas foram feridos em confronto com os militares.
Segundo o site Campo Grande News, a PM (Polícia Militar), alega que o conflito ocorreu porque os policiais tentaram impedir a invasão da sede da Fazenda Barra e também porque os indígenas atearam fogo numa ponte de madeira que da acesso à propriedade.
Segundo o comandante do 4ª Batalhão da PM em Ponta Porã, tenente-coronel Edson Guardiano, ele, pessoalmente, comandou as negociações que resultaram no retorno de boa parte dos indígenas para a aldeia, bem como a ida dos militares do Batalhão de Choque para a cidade.
Ainda conforme o comandante, alguns poucos indígenas ficaram nos arredores da fazenda, motivo pelo qual alguns militares também permanecem no local, principalmente na sede e na ponte reconstruída. Como símbolo do acordo, um dos indígenas entregou um arco e flecha ao comandante Guardiano.
Na quinta-feira (12), pelo menos dois indígenas ficaram feridos com tiros de borracha em confronto com policiais militares na estrada de acesso à Fazenda Barra, uma das três propriedades sobrepostas ao território reivindicado há quase 30 anos pelos indígenas. As outras são a Fronteira e Morro Alto.
Liminar questionada - O advogado Anderson Santos chamou de “absurdo jurídico” a liminar da Justiça Federal que determina presença da Polícia Militar dentro da área disputada por fazendeiros e indígenas do Território Nhanderu Marangatu, no município de Antônio João, fronteira com o Paraguai.
Assessor jurídico do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e da Aty Guasu, o advogado afirma que o interdito proibitório, concedido em setembro do ano passado pela Justiça Federal em Ponta Porã, legitima o uso da força policial para fins “estritamente particulares” e proteção de propriedade privada.
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