Equipes de operação contra o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro estão espalhadas por outros 4 Estados, além de MS
A PF (Polícia Federal) tem cerca de 211 policiais federais cumprindo mandados para desarticular quadrilha de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro cometidos por uma organização criminosa cujo o núcleo está instalado na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.
Segundo a PF, os principais cabeças são da mesma família, de forma assemelhada à máfia, além de ter ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital). As penas somadas dos crimes cometidos, atingem aproximadamente 35 anos de prisão. No total, são 38 investigados.
A Operação Laço de Família, que além de MS acontece simultaneamente nos Estados do Paraná, São Paulo, Goiás e Rio Grande do Norte cumpre 210 mandados. Somente neste mês, esta é a terceira operação contra o PCC no Estado.
Segundo a investigações da Delegacia de Polícia Federal de Naviraí, grandes carregamentos de drogas vindos da fronteira eram levados para várias regiões do Brasil, geralmente escondidos em caminhões e carretas com cargas aparentemente lícitas - a serviço da criminalidade. Durante a investigação foram apreendidas duas toneladas de maconha com a organização.
A Justiça Federal da 3ª Vara de Campo Grande expediu contra a organização criminosa 20 mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, 35 mandados de busca e apreensão em residências e empresas, 136 mandados de sequestros de veículos terrestres, sete mandados de sequestro helicópteros, cinco mandados de sequestro de embarcações de luxo, 25 mandados de sequestro de imóveis (apartamentos, casas, sítios, imóveis comerciais).
Entre as aeronaves está a que foi utilizada na morte de Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue e de Fabiano Alves de Souza, o Paca, no Ceará, em fevereiro deste ano. Conforme a reportagem do jornal O Estado de São Paulo, publicada no começo deste mês, o PCC tem faturamento estimado de, no mínimo, R$ 400 milhões por ano. Alguns policiais acreditam que esse número pode chegar a cerca de R$ 800 milhões, o que colocaria a facção entre as 500 maiores empresas do País.
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