Para permanecer solto ele precisou entregar a arma funcional e foi proibido de se aproximar da vítima.
O policial militar que baleou um morador do condomínio Patrícia Galvão - no Jardim Centro-Oeste, região sul de Campo Grande – ganhou liberdade nesta segunda-feira (14). Identificado como Ademar Silva de Oliveira, ele foi solto após passar por audiência de custódia, mas teve a arma apreendida e foi proibido de se aproximar da vítima.
Conforme apurado pelo Campo Grande News, o crime aconteceu durante uma briga entre o policial e Márcio Gonzales Espínola, de 46 anos, na madrugada de sábado (12).
A mulher de Márcio, Vilma Menezes, também de 46 anos, contou que o casal chegava de motocicleta em casa e tentava entrar no condomínio pelo portão social do condomínio, pois tinham esquecido o controle, quando o policial apareceu, também de moto. Ele abriu o portão de elevação e ela e o marido aproveitaram a oportunidade para entrar no residencial, mas foram impedidos pelo motociclista.
Por conta disso, os dois homens começaram a discutir. Segundo Vilma, apesar da briga, ela e o marido chegaram em casa, mas foram seguidos. Tentaram entrar, mas o autor puxou a porta e efetuou o disparo, acertando a perna de Márcio.
Ademar fugiu depois do crime, mas horas depois se apresentou a polícia e entregou a arma usada por ele para ferir o vizinho. Em depoimento contou que mora há 12 anos no condomínio, mesmo tempo que a vítima, mas não conhecia o casal e por isso tentou impedir que ele entrasse “ilegalmente” no local e o seguiu.
Na versão do militar, quando chegou em casa, Márcio pegou uma faca e foi para cima dele. “Temendo por sua vida e integridade física”, sacou a arma e disparou. Para a polícia, Ademar afirmou que só agiu para se defender, que não ameaçou o casal de morte e que em momento nenhum foi avisado que eram moradores.
Falou também que depois de ferido, o morador se escondeu em casa e ele chegou a bater para ver se ele precisava de ajuda, mas assustado com a situação, resolveu deixar o local.
Ademar é policial há 22 anos e atualmente está lotado na PMA (Polícia Militar Ambiental). Para permanecer em liberdade, precisou entregar a arma funcional – uma pistola calibre .40 – e também foi proibido de se aproximar de Márcio. O caso segue em investigação como lesão corporal grave. A vítima está internada na Santa Casa e não corre risco de morte.
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