A educação não vai bem -- isso todo mundo sabe por estatística ou por experiência própria. O que intriga muita gente é por que a situação não melhora com toda a tecnologia disponível.
Para o trio da Santo Caos, uma "consultoria de engajamento" de São Paulo, a resposta é que o modelo educacional é o mesmo. O aparato tecnológico é usado apenas como outra modalidade de material, sem alterar a maneira como o conteúdo é ensinado ou modificar a administração das verbas e do tempo.
Usando um método de pesquisa chamado "bola de neve", em que um entrevistado indica o próximo, os publicitários fizeram um documentário de 30 minutos que pretende esclarecer a questão com o título "Do Giz ao Tablet: por que a tecnologia não mudou a educação".
"É preciso haver uma remodelagem da escola", afirma Guilheme Françolin, 25, que buscou as respostas em companhia dos sócios Jean Soldatelli, 25, e Daniel Santa Cruz, 25. Ele cita a escola municipal Amorim Lima, que derrubou as paredes das salas de aula e estabeleceu roteiros de estudos para os alunos, flexibilizando a aula.
Segundo ele, a escola de hoje não atende mais as necessidades do mercado de trabalho que os filhos da geração Y (nascidos nos anos 1980) terão que enfrentar. "Temos que mudar isso de um cara no tablado, um professor que só transmite os conhecimentos."
A mudança, indica o jovem publicitário, estaria na maneira de organizar o tempo e as verbas da escola. Como exemplos ele aponta a construção de conhecimento em rede como nas plataformas wiki ou a personalização das experiências de cada aluno.
Ele faz uma analogia tecnológica para explicar seu ponto: "a gente viu que precisava mesmo era de uma plataforma de código aberto". Ou seja, com liberdade e espaço para soluções particulares surgirem, mas com um objetivo comum de ensinar o mesmo para os alunos.
Além do conteúdo, Françolin acha que a escola precisa desenvolver competências nos aluno, as novas chaves para o sucesso.
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