A polícia de Sidrolândia, a 64 quilômetros de Campo Grande, investiga um crime de estelionato, no qual o nome do juiz de Direito, Fernando Moreira Freitas da Silva, teria sido utilizado por criminosos. Na tarde desta quarta-feira (10), ele descobriu o golpe e o prejuízo em uma lotérica de R$ 11 mil em recargas de telefone celular.
“Funcionários da prefeitura convocaram uma reunião e me noticiaram o fato. Em seguida, nós procuramos a polícia e denunciamos o crime de estelionato. Tenho sentenças que circulam em todo o país, no qual intimamos réus de diversos presídios. Em umas dessas ocasiões, acredito que eles tiveram a ideia de utilizar o meu nome para aplicar golpes por telefone”, afirmou ao G1 o juiz.
Conforme Moreira, os pedidos realizados para a prefeitura são todos formalizados. “É a 1ª vez que acontece um caso do tipo aqui na cidade, envolvendo a prefeitura e um juiz. Não falo em descuido, principalmente porque o estelionatário tem um perfil criminoso diferente dos demais. São pessoas convincentes, bem articuladas e, independente do grau de escolaridade, qualquer um pode ser vítima”, comentou o juiz.
De acordo com a Polícia Civil, por volta das 10h (de MS) de quarta (10), o golpista ligou para a prefeitura. O motorista de 42 anos, que já prestou depoimento, contou que, após as recargas de telefone celular que totalizaram R$ 11,9 mil, ele ainda ficou aguardando por mais duas horas. Na ligação, a pessoa dizia que alguém estaria levando o dinheiro para o motorista. A dona da lotérica, de 41 anos, também deu declarações.
Entenda o caso
Utilizando o nome do magistrado, o golpista ligou na prefeitura do município e solicitou um carro para que ficasse à sua disposição. A intenção era atender alguns procuradores federais que estariam na cidade. A administração do órgão então repassou o telefone do motorista para que este recebesse as instruções do juiz.
O motorista, em seguida, recebeu a primeira ligação do estelionatário. Ele pediu para a vítima estacionar em uma lotérica e passar o telefone para o proprietário do local. O golpista convenceu a vítima a fazer R$ 11 mil em recargas de telefone celular. Mais tarde, o suspeito ainda teria ligado para a prefeitura e pedido o orçamento de uma pá carregadeira. O caso continua sendo investigado.
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