
Os produtores rurais Eurico Rodrigues Faria, de 47 anos, e Diego Enrique Bacchi Beneti, de 28 anos, registraram boletim de ocorrência na manhã de terça-feira (24), sob a alegação de terem sido feitos reféns por um grupo de indígenas, próximo a aldeia Te’Yikuê, em Caarapó.
De acordo com o site Caaraponews, as vítimas informaram que na tarde da última sexta-feira (20), após terminarem a colheita de soja em sua propriedade, na fazenda ‘Nossa Senhora Aparecida’, retornavam para casa, quando foram abordados por um grupo de pelo menos 40 indígenas, que os fizeram reféns.
Os produtores rurais relataram ainda, conforme a publicação local, que foram levados para o acampamento dos indígenas e lá foram obrigados a ingerir uma bebida alcoólica artesanal, feita pelos próprios índios, que, segundo eles, estavam armados com flechas, facão, foice, lança e pedaço de madeiras. Esses instrumentos eram colocados contra o corpo das vítimas, que ainda tiveram seus rostos pintados, de acordo com depoimento dos mesmos.
Ainda de acordo com relato dos produtores, os indígenas ameaçaram incendiar o trator dos mesmos e disseram que havia muito índio morrendo e que estaria na hora de morrer brancos também. Antes de liberar a dupla, os indígenas teriam obrigado os mesmos a dizer: “não vamos plantar mais nessas áreas, pois a terra é de vocês”. Tal frase teria sido gravada pelos indígenas, que após três horas de tortura soltaram as vítimas a pedido de outros índios que chegaram no local.
Impasse - A fazenda ‘Nossa Senhora Aparecida’ teve recentemente cerca de 69 hectares invadidos por um grupo de indígenas e sua reintegração de posse corre na Justiça Federal de Dourados. Desde então o clima é tenso entre produtores e indígenas na região.
O caso foi registrado na Delegacia de Polícia Civil de Caarapó como sequestro e cárcere privado, além de ameaça, constrangimento ilegal, esbulho possessório e fraude processual.
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