Conforme boletim epidemiológico, janeiro já teve mais casos que todo ano de 2019.
Internada desde o dia 13 de janeiro, a professora Dúnia Safa morreu na madrugada desta quinta-feira (6), vítima de dengue. Com apenas 24 anos, é o segundo óbito registrado este ano em Corumbá. A cidade, distante 419 quilômetros de Campo Grande, é a primeira a enfrentar epidemia da doença em 2020 em Mato Grosso do Sul.
A Secretaria de Saúde do Município confirmou a causa da morte e já tem 1.449 casos notificados de dengue neste ano, mais do que o ano todo de 2019, quando foram registrados 1.403. A primeira morte pelo tipo hemorrágico em Corumbá, registrada no dia 9 de janeiro, foi de Lucian Andrade, de 29 anos.
Na cidade, os bairros com mais casos suspeitos são Cristo Redentor; Popular Velha; Centro; Guanã; Dom Bosco; Aeroporto; Guatós; Maria Leite e Nova Corumbá. Mas por todo o município é fácil encontrar vítimas da doença.
"Está um caos", resumiu o comerciante Eder Rachid. Segundo ele, tem muito terreno com lixo. "Minha madrinha pegou dengue faz uma semana".
Moradora do Bairro Guatós, Jociara de 34 anos, conta que teve dengue hemorrágica e quase morreu. "Eu sentia muitas dores no corpo, febre e sangramento intenso no nariz. Emagreci 15 quilos em uma semana. Achei que ia morrer", lamentou ela em post na página do município no Facebook.
Funcionário de um posto de combustíveis, Luis Henrique Navaho, diz que as medidas adotadas pela prefeitura não tem surtido efeitos. "Cada um tem que fazer a sua parte. No meu bairro temos um grupo de moradores. O pessoal manda, quase que diariamente, relato de terreno baldio com foco do mosquito da dengue", reclamou. As reclamações, segundo o morador, são encaminhadas para a prefeitura tomar providência, mas sem resposta.
Com o caso da professora já são dez mortes causadas pela doença em Mato Grosso do Sul. Em um mês e quatro dias, as notificações por dengue no Estado chegaram a 9.053 com 2.040 casos confirmados.
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