Protesto dos caminhoneiros bloqueia duas rodovias, uma em Maracaju
Caminhoneiros fecham BR-267 na região de Maracaju. / Foto: PRF

A paralisação dos caminhoneiros chegou a Mato Grosso do Sul no final da manhã desta segunda-feira (9). Pelo menos duas rodovias federais estão fechadas para a passagem de caminhões e carretas.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os bloqueios ocorrem na BR-463, km 105, próximo a Ponta Porã. No início da tarde de hoje pelo menos 40 carretas estão paradas às margens da rodovia.

O outro manifesto ocorre na BR-267, próximo a Maracaju. Não há informação do quantitativo de caminhões envolvidos no manifesto, mas a proposta é a mesma: impedir a passagem dos demais caminhões e carretas. A PRF se desloca para os dois pontos de paralisação.

Em Dourados a categoria dos caminhoneiros ainda não se posicionou se participará do movimento.

Nacional

O manifesto ocorre em pelo menos mais 11 estados do país. O Comando Nacional do Transporte critica o governo de Dilma Rousseff e pedem o afastamento da presidenta. De acordo com o movimento, há manifestações em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Tocantins, Paraná, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e em Pernambuco.

Os grupos não se intitulam ligados a sindicatos ou federações e também dizem que não pertencem a partidos políticos. Porém, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), entidade filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), disse que os caminhoneiros estão sendo usados em prol de interesses políticos, e que o grupo não representa e não tem compromisso com a categoria.

Entidades da categoria divulgaram notas em que criticam o protesto. Por meio de nota, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) classificou como imoral “qualquer mobilização que se utiliza da boa fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos no país e pressionar o governo em prol de interesses políticos ou particulares, que nada têm a ver com os problemas da categoria”.

No início do ano os caminhoneiros fecharam várias rodovias do país. Na época eles protestaram contra a alta do diesel e a desvalorização do frete.