Saiba quais famílias serão indenizadas e deixarão terras para indígenas.
Um grande acordo junto com o STF (Supremo Tribunal Federal) vai pagar para que 12 propriedades de Antônio João sejam desocupadas e entregues à Comunidade Indígena Ñande Ru Marangatu. Serão R$ 144,8 milhões repartidos entre nove famílias e ocupantes de lotes rurais na Vila Campestre.
Das 12 áreas descritas na ata de audiência do STF, três pertencem a Pio Silva, pai da advogada Luana Ruiz. Dos R$ 27,8 milhões previstos para indenizar melhorias feitas nas terras, a família Ruiz vai receber R$ 13,3 milhões pelas fazendas Barra, Cedro e Fronteira. A fazenda Barra é onde ocorreu o último conflito com indígenas, que resultou na morte a tiros de Neri da Silva, de 23 anos.
Apesar de se comprometerem a suspender os atos de hostilidade, o acordo prevê que a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul vai manter policiamento ostensivo apenas na Fazenda Barra e na estrada até a Rodovia, “utilizando o uso proporcional da força quando estritamente necessário”.
Vale lembrar que a advogada Luana Ruiz defende os próprios pais em ação judicial que tramita há um ano na 1ª Vara Federal de Ponta Porã, contra a Comunidade Indígena Guarani Kaiowá. Luana ocupa cargo no alto escalão do Governo de Mato Grosso do Sul desde janeiro de 2023 e atualmente é servidora da Casa Civil de MS. Ela também foi candidata ao cargo de deputada federal pelo PL (Partido Liberal), nas últimas eleições e teve vasta atuação no Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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