Atualmente, a Qdenga é oferecida a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização pela doença.

Revisão de estudos com 20 mil pessoas garante que Qdenga funciona
Estudante recebe a vacina contra a dengue em posto de saúde da capital. / Foto: Marcos Maluf/Arquivo

A crise da dengue em Mato Grosso do Sul se agrava, com mais de 50 mil casos registrados em 2024. Em meio ao aumento das infecções e das internações por complicações da doença, a confirmação da eficácia e segurança da vacina contra a dengue, disponível no SUS, surge como um ponto positivo no cenário desafiador.

Recente revisão de estudo italiano, publicado na revista científica Vaccines, confirma que a vacina TAK-003, conhecida comercialmente como Qdenga, confirmou que a vacina, que já está sendo distribuída aqui no Estado, oferece proteção contra os quatro sorotipos do vírus.

A instituição afirma que o imunizante reduz o risco de contrair a doença em mais de 50% dos casos, índice considerado alto para esse tipo de doença.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, foram analisadas nesta meta-análise dados de mais de 20 mil pessoas envolvidas em diversos ensaios clínicos.

Atualmente, a Qdenga é oferecida a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização pela doença.

Na semana passada Mato Grosso do Sul chegou à marca de 51 dias sem mortes relacionadas a dengue, de acordo com boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde). No entanto, o número de casos registrados da doença chegou a 15.718 na 34ª semana de 2024.

De acordo com o levantamento, 28 mortes foram confirmados em decorrência da doença e outros 14 casos estão em investigação. Nos últimos 14 dias Itaquiraí lidera o ranking dos municípios com alta incidência da doença. Juti, Iguatemi, Caarapó, Naviraí, Antônio João, Vicentina e Maracaju têm incidência média.

Embora a vacina represente um avanço importante, autoridades de saúde reforçam que ela não substitui as medidas tradicionais de prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.