Dos 79 municípios, 48 têm Sala Lilás em Mato Grosso do Sul.

Sala lilás chega a 60% dos municípios de MS
/ Foto: Reprodução

Dos 79 municípios, 48 (60%) têm Sala Lilás em Mato Grosso do Sul, de acordo com o governo do Estado.

Localizada em delegacias, é um espaço reservado e preparado para receber mulheres vítimas de violência doméstica, verbal, física, psicológica e patrimonial. 

A mulher, que foi vítima de violência, ao chegar na delegacia, é diretamente encaminhada para a Sala Lilás. Ela não fica na recepção.

No ambiente, recebe assistência psicológica e atendimento completo para realização do boletim de ocorrência, corpo de delito e medida protetiva.

 
A sala é composta por dois ambientes, sendo um cartório – para o escrivão formalizar a denúncia – e o outro infantil – com brinquedos, jogos, lápis de cor, sofá e banheiro com trocador – pois geralmente as vítimas estão com crianças ou bebês.

"Ela não fica na recepção (delegacia), vai para este lugar de acolhimento. Lá o delegado já aciona o profissional de assistência social, que vai ajudá-la para eventual abrigo, tratamento psicológico ou até reinserção no mercado de trabalho. Muitas vezes tem dependência financeira do agressor”, explicou a delegada Christiane Grossi, responsável pelo projeto.

O objetivo é combater a violência contra mulheres e proporcionar atendimento humanizado às vítimas.

A Sala Lilás está presente em:

Sidrolândia
Ribas do Rio Pardo
Bonito
Terenos
Maracaju
Angélica
Miranda
Anaurilândia
Glória de Dourados
Deodápolis
Chapadão do Sul
Iguatemi
Eldorado
Paranhos
Bandeirantes
Camapuã
Água Clara
Rio Negro
Nova Alvorada do Sul
Costa Rica
Caarapó
Amambai
Ladário
Sonora
Porto Murtinho
Selvíria
Anastácio
São Gabriel do Oeste
Brasilândia.
Ivinhema
Itaporã
Jateí
Batayporã
Guia Lopes da Laguna
Dois Irmão do Buriti
Douradina
Vicentina
Santa Rita do Pardo
Tacuru
Sete Quedas
Naviraí
Dourados
Ponta Porã
Bodoquena
Jaraguari
Nova Andradina
Coronel Sapucaia
Itaquiraí
A primeira Sala Lilás foi inaugurada em novembro de 2017. A ideia é que haja Sala Lilás em 76 dos 79 municípios de MS, exceto nos que possuem Casa da Mulher Brasileira (Campo Grande, Dourados e Ponta Porã).

Toda que vez a sala começa a funcionar nos municípios aumenta o número de ocorrências registradas de violência doméstica, isto porque as mulheres são encorajadas a denunciarem e sabem que receberão todos os tipos de assistência.

“Ela surgiu pela necessidade de ter um local de acolhimento a estas vítimas, que muitas vezes se sentiam constrangidas em procurar uma delegacia, muitas vezes machucadas e feridas, ficavam envergonhadas de ir até a delegacia fazer a denúncia”, disse Grossi.

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 35 mulheres foram vítimas de feminicídio, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Desse número, 11 ocorreram em Campo Grande e 24 no interior. As mortes foram registradas em janeiro (3), fevereiro (5), março (3), abril (5), junho (3), agosto (1), setembro (3), outubro (3), novembro (5) e dezembro (4). 

Em 2023, 31 mulheres foram mortas. Até o momento, não há feminicídios em 2025. 

DENUNCIE!
Violência contra mulher deve ser denunciada em qualquer circunstância, seja física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial.

Os números para denúncia são 180 (Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) e 153 (Guarda Civil Metropolitana).

O sinal "X" da cor vermelha, escrita na mão, significa que a vítima quer alertar que sofre violência doméstica. Portanto, o cidadão deve ficar atento, acolhê-la e acionar as autoridades.